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PSOL adia decisão sobre candidatura própria à Presidência em 2022

Expectativa é que uma nova direção partidária seja eleita em setembro deste ano e fique responsável por preparar o debate sobre tática eleitoral - Divulgação / Sâmia Bomfim
Expectativa é que uma nova direção partidária seja eleita em setembro deste ano e fique responsável por preparar o debate sobre tática eleitoral Imagem: Divulgação / Sâmia Bomfim

Do UOL, em São Paulo

10/07/2021 18h09Atualizada em 10/07/2021 18h31

O PSOL adiou hoje a decisão sobre ter ou não uma candidatura própria para disputar as eleições presidenciais em 2022. A resolução conjunta emitida pelo Diretório Nacional do partido informa que a sigla não está entre aqueles que consideram conveniente deixar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "sangrar" até 2022 e que a prioridade, no momento, é ampliar as manifestações nas ruas pró-impeachment.

Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL declarou ao UOL que havia uma outra proposta de resolução que defendia que o partido definisse a sua tática eleitoral e indicasse uma pré-candidatura, mas que ela "foi derrotada".

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que se titula pré-candidato com a prioridade para disputar as eleições no próximo ano, disse que se mantém à disposição do fortalecimento da estratégia do partido.

Hoje, o Diretório do PSOL adiou decisão sobre ter ou não candidatura própria. A definição só deve ocorrer ano que vem. Sigo em firme diálogo com a militância. Sou pré-candidato com a prioridade de enfrentar o bolsonarismo e à disposição do fortalecimento da estratégia Socialista Deputado federal
Glabuer Braga (PSOL-RJ)

A expectativa é que uma nova direção partidária seja eleita em setembro deste ano e fique responsável por preparar o debate sobre tática eleitoral.

Segundo a resolutiva divulgada pelo PSOL, a gestão que será eleita deve priorizar a formulação de um programa que "aponte a superação da crise que o país vive e a derrota da agenda ultraliberal a partir da unidade da classe trabalhadora e dos movimentos sociais".

O partido afirmou ainda que em março deste ano o Diretório Nacional definiu que a prioridade do PSOL seria a "luta para interromper o governo Bolsonaro". Quatro meses após a decisão, a sigla diz que a estratégia se mostrou "mais do que acertada".

O desgaste do governo Bolsonaro, seu crescente isolamento social - que se manifesta no aumento da desaprovação popular ao governo em inúmeras pesquisas - e as revelações que vieram à tona na CPI da pandemia criam as condições objetivas para defendermos a imediata queda do governo
Diretório Nacional do PSOL

Confira abaixo quais são as frentes definidas pelo PSOL para o momento:

  • Defender a queda imediata queda de Bolsonaro, por meio da instalação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados ou por outros meios constitucionais cabíveis;
  • Denunciar ataques aos direitos trabalhistas, ao funcionalismo público, à soberania nacional, aos povos indígenas e ao meio ambiente.
  • Reafirmar repúdio à violência de estado contra as populações negras e periféricas de todo o país;
  • Impulsionar o calendário unificado de atos da campanha nacional #ForaBolsonaro em todo o Brasil, enfatizando a pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira;
  • Fortalecer o perfil unitário da campanha #ForaBolsonaro, se opondo a quaisquer iniciativas divisionistas, e reafirmar nossa resolução congressual que aponta a Frente Povo Sem Medo como espaço privilegiado para a organização das lutas populares;
  • Repudiar atos de violência cometidos pelas forças policiais (como aqueles vistos em Recife, no último dia 29 de maio) ou por eventuais agentes infiltrados do bolsonarismo. Também condenamos atos de violência contra aqueles que queiram se somar à luta pelo #ForaBolsonaro;
  • Definir como representantes do PSOL na campanha #ForaBolsonaro seu presidente, sua primeira-secretária de movimentos sociais e segunda-secretária de movimentos sociais.
  • Repudiar veementemente a nota publicada pelo Ministério da Defesa e comando das Forças Armadas, bem como quaisquer tentativas de interferência nos debates em curso no Congresso Nacional ou nos assuntos da vida política civil na sociedade brasileira