Wassef nega ataque a colunista; UOL reafirma que mensagem foi intimidatória
Frederick Wassef, advogado do presidente Jair Bolsonaro, negou em nota que tenha ameaçado ou tentado intimidar a colunista do UOL Juliana Dal Piva. Ele afirma ainda que sempre defendeu a democracia e a liberdade de imprensa.
O UOL considera a mensagem encaminhada pelo advogado à jornalista intimidatória e que configura um ataque ao trabalho da profissional.
"Repudiamos o ataque cometido pelo advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, contra nossa colunista Juliana Dal Piva e reiteramos nosso apoio ao seu trabalho e nosso compromisso com o jornalismo sério, independente, apartidário e voltado para atender o interesse público", afirma o gerente-geral de Notícias e Entretenimento do UOL, Alexandre Gimenez.
Entidades como CPJ (Committee to Protect Journalists), ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e Instituto Vladimir Herzog prestaram solidariedade a Juliana Dal Piva.
Leia abaixo a nota enviada pelo advogado Frederick Wassef:
"Em momento algum ameacei ou intimidei a jornalista Juliana Dal Piva quando critiquei ditaduras comunistas, que somem com os jornalistas. Ao contrário, eu estava defendendo a democracia e a liberdade de imprensa, o que sempre acreditei. Sou radicalmente contra ditaduras, e no texto é isso que está claro. Lamento que as palavras ali trocadas tenham sido mal interpretadas e que ela tenha se sentido atingida. Não era meu objetivo. Sempre me pautei no respeito, no diálogo e na colaboração com os profissionais da imprensa, que considero fundamentais para o meu trabalho. Gostaria de frisar ainda que a mensagem não tem nada que ver com a matéria publicada por ela. Ao contrário, dei entrevista e colaborei com a matéria sem reclamar. Apenas 48 horas após eu criticar Cuba, Venezuela e ditaduras comunistas, o povo em Cuba saiu às ruas protestando contra a ditadura comunista, tal qual eu fiz, e foi severamente punido, com várias pessoas presas por fazer uma manifestação pacífica. Apoio a população de Cuba e da Venezuela que sofrem com o comunismo."
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