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Roberto Jefferson diz que Justiça Eleitoral é 'cabide de empregos'

Roberto Jefferson, em entrevista à rádio Jovem Pan, defendeu voto impresso e acusou TSE de fraudes eleitorais - Reprodução/YouTube
Roberto Jefferson, em entrevista à rádio Jovem Pan, defendeu voto impresso e acusou TSE de fraudes eleitorais Imagem: Reprodução/YouTube

Colaboração para o UOL

27/07/2021 11h20

O ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse hoje que só existe Justiça Eleitoral no Brasil e que a estrutura é "cabide de empregos". Em entrevista ao programa 'Direto ao Ponto', da rádio Jovem Pan, ele afirmou que o órgão só existe para privilegiar procuradores, juízes, promotores, defensores e advogados, aos quais se referiu como "burocratas e tecnocratas".

Assim como presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem insistido, Roberto Jefferson também afirmou haver fraudes eleitorais no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Sem apresentar provas, ele sugeriu, por exemplo, que Aécio Neves (PSDB) ganhou a eleição de 2014, na qual a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita.

"O Aécio não denunciou porque o PSDB se beneficiava disso. O PSDB e o PT sempre viveram dessa cumplicidade. Se sucediam, sempre com fraude, e não podiam acusar um ou outro", disse, e completou: "aí veio o Bolsonaro correndo por fora e explode essa divisão de forças, esse pacto velho, e constata claramente a fraude do Tribunal Superior Eleitoral".

Por isso, assim como o presidente, de quem é aliado, Roberto Jefferson defende o voto impresso nas eleições de 2022. Para ele, "contar voto em computador" de Brasília é uma estratégia de fraude.

Segundo o ex-deputado, no dia 7 de setembro haverá um ato, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a favor da mudança no sistema eleitoral. O movimento também irá exigir a aposentadoria "dessa turma de advogados lobistas que ocupam a cadeira, desonrando a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal".

Aproximação com centrão e eleições 2022

O ex-deputado e aliado a Bolsonaro comentou, também, a aproximação do governo federal com o chamado "centrão". Para ele, a decisão é correta e essencial para que o presidente consiga governar e evite o impeachment.

"O Bolsonaro não é refém do centrão. Ele está fazendo uma troca que precisa fazer com o Centrão, se não ele acaba 'impichado' na Câmara dos Deputados", disse.

A mudança de discurso do presidente, afastando da promessa de não se aliar ao grupo, também não demonstra contradição para Jefferson. Ele considera a situação normal porque "todo mundo na campanha radicaliza o discurso", mas Bolsonaro tem feito um governo "honrado e honesto".

Para as eleições em 2022, o presidente do PTB vê um embate entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente da República. Para ele, não há um nome capaz de rivalizar com os atuais líderes da pesquisa.

"Quem é cristão, de direita, defensor da família que hoje sofre com uma ação demolidora da agenda global identitária da esquerda, fica com Bolsonaro. Você tem o comunista, que é o Lula, que quer fechar as igrejas, e o cristão que defende Deus, pátria e a família, que é Bolsonaro. Acho que é a grande luta que nós vamos ter, do bem contra o mal", disse.

Além disso, afirmou que haverá algumas condições para que Bolsonaro entre no partido dele, o PTB, para as próximas eleições. Bolsonaro não pode, por exemplo, querer a "cadeira" de Jefferson.