Moraes prorroga inquérito que investiga Bolsonaro por vazar relatório
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes atendeu o pedido da Polícia Federal e prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por vazamento de documentos sigilosos.
No dia 4 de agosto, Bolsonaro compartilhou pelo Twitter documentos do inquérito da PF que investigavam o comprometimento de sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo o presidente, "o sistema eleitoral brasileiro foi invadido e, portanto, é violável". O inquérito foi cedido pela Polícia Federal ao deputado e relator da proposta de voto impresso na Câmara, Filipe Barros (PSL-PR), que dizia se tratar de uma investigação em sigilo.
Cerca de uma semana depois, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de inquérito contra o presidente pelo vazamento da íntegra de uma investigação tida até então como sigilosa. Moraes também determinou que Facebook, Twitter e outras redes sociais retirassem imediatamente do ar publicações de Bolsonaro referentes ao tema e pediu, ainda, o afastamento do delegado que presidia o inquérito em questão.
Na ocasião, integrantes do TSE também encaminharam notícia-crime assinada por todos os ministros da corte eleitoral, pedindo ao STF a apuração da divulgação de informações sigilosas por parte Bolsonaro, do deputado Filipe Barros e de delegado da Polícia Federal que comandava as investigações sobre suposto ataque hacker ao sistema eleitoral.
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