Kennedy: Relatório final da CPI tornou reeleição de Bolsonaro mais difícil
Em participação no UOL News, o colunista Kennedy Alencar afirmou que o relatório final da CPI da Covid tornou mais difíceis as chances do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reeleger em 2022.
Com mais de 80 pedidos de indiciamentos, o documento final será votado ainda hoje pelos senadores. O texto de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL) apontou Bolsonaro como um dos principais responsáveis pelo agravamento da pandemia de coronavírus e, por isso, ele foi apontado por ao menos dez crimes.
"Isso tornou mais difícil a reeleição do Bolsonaro", avaliou Kennedy. "A CPI mostrou como o Bolsonaro agravou o problema no Brasil. A pandemia foi pior por causa do Bolsonaro."
Segundo o colunista, a comissão também salvou vidas ao obrigar mudanças na política pública, acelerar a compra de vacinas e fazer grande contraponto à cloroquina e demais medicamentos do chamado "kit covid", defendido pelo presidente e aliados.
"Do ponto de vista imediato, [a CPI] tem efeito muito bom de salvar vidas e dificultar a reeleição do Bolsonaro, já que ele no poder é retrocesso pro Brasil", diz.
Kennedy Alencar também falou sobre os próximos passos para o relatório final da comissão. Há entre os membros um temor, de acordo com o colunista, de que o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, "empurre com a barriga" os devidos encaminhamentos jurídicos.
"Ele pode abrir algumas investigações para dizer que está agindo, mas investigue a passo de tartaruga a fim de não complicar a vida do Bolsonaro."
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), faz o jogo político de se blindar sobre os assuntos da CPI, afirmou Kennedy.
"Enquanto o Centrão entender que há mais vantagens em ficar dentro do governo do que fora, Lira vai segurar esse rojão."
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