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Orçamento secreto: 'Demonizar emendas de relator é retrocesso', diz Lira

Arthur Lira, na Conferência Internacional Datagro que aconteceu em outubro, em São Paulo - Leco Viana/TheNews2
Arthur Lira, na Conferência Internacional Datagro que aconteceu em outubro, em São Paulo Imagem: Leco Viana/TheNews2

Do UOL, em São Paulo

23/11/2021 13h19Atualizada em 23/11/2021 14h46

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou hoje o fato de as emendas de relator terem sido apelidadas de "orçamento secreto". Ele afirmou que a modalidade para repasse de recursos está sendo "demonizada", o que, na visão do deputado, pode causar um retrocesso.

"É muito ruim quando a gente trata as coisas por apelidos. O orçamento não é secreto, isso é uma inverdade que machuca a execução de um orçamento que cuida de mudar sempre a vida das pessoas que mais precisam", disse Lira em entrevista à GloboNews no início da tarde.

O presidente da Câmara explicou que se as emendas de relator acabarem, o valor que hoje é destinado a isso voltará para o Executivo: "Aí eu quero ver como você vai controlar a quem o Executivo vai dar, quando vai dar, quanto vai dar e para onde vai."

Segundo Lira, seria mais difícil dar transparência ao dinheiro que hoje é usado pelo relator-geral, porque ele ficaria diluído nos orçamentos dos ministérios. "Eu não acho que essa seja a solução que a transparência da decisão da ministra Rosa Weber está solicitando", afirmou.

Diferente de Lira, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), escolhido relator do projeto de resolução que visa a estabelecer novas regras das emendas, disse ontem que deve propor limites à modalidade associada ao orçamento secreto.

O presidente da Câmara, contudo, afirmou desconhecer projetos nesse sentido e manteve a defesa da emendas de relator.