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'Fomos enganados', diz Doria sobre apoio a Bolsonaro em 2018

João Doria é o entrevistado do "Conversa com Bial" de hoje - Reprodução/TV Globo
João Doria é o entrevistado do "Conversa com Bial" de hoje Imagem: Reprodução/TV Globo

Colaboração para o UOL

10/12/2021 02h09Atualizada em 10/12/2021 02h16

João Doria Jr (PSDB), governador de São Paulo, declarou que ele - e diversos eleitores - foram "enganados" por Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2018.

"Fomos enganados e eu não cometo o mesmo erro duas vezes. Compramos um sonho e recebemos um pesadelo. Bolsonaro prometia um governo liberal, um governo com Moro defendendo a justiça, a Lava Jato, que respeitaria a lei, a ordem e a independência dos poderes e logo no início do governo ele abandonou esses princípios", declarou Doria em entrevista ao "Conversa com Bial" (TV Globo) de hoje.

Ele deixou claro, ainda, que seu arrependimento da aliança "Bolsodoria" veio de antes da pandemia e logo no início do governo.

"Ele dizia que era contra a reeleição e começou defendendo. Prometeu um governo liberal com Paulo Guedes, desestatizante e o que aconteceu? Nada. Ele fez tudo diferente do que havia prometido", completou Doria.

E pra piorar, na pandemia, se mostrou um negacionista, hoje classificado como o maior negacionista do mundo."

"Quem pagou o preço disso? Milhares de brasileiros que se foram. Metade poderiam estar vivos se tivéssemos comprado vacinas, dado orientações certas e não esse genocídio ao qual o Brasil foi submetido e continua sendo", completou o governador.

No programa, Doria também disparou críticas a Lula.

Infância

Doria contou ainda, na entrevista, que sua "vocação" para política e seu desejo de ingressar na área veio desde cedo, graças ao pai, o "primeiro" João Doria, que foi deputado federal.

"Eu recebi uma grande influência do meu pai e da minha mãe em diferentes circunstâncias. Minha mãe pela resiliência e luta. Meu pai gostava de política, era publicitário e jornalista, mas gostava. Aquilo me fascinava", contou Doria, relembrando que o pai recebia figuras políticas importantes da época em sua casa.

"Ficou esse resíduo da minha memória, embora eu não tivesse essa vocação para política. Isso só veio em 2016", finalizou.

Calça apertada?

Doria brincou ainda sobre ser chamado de "coxinha" e de "calça apertada", ressaltando que em um meio como o político, onde há diversas acusações, ele é lembrado por isso.

"A maior acusação que me fazem é que eu sou coxinha e uso calça apertada", brincou.

"Quem fez isso foi o Bolsonaro. Ele lançou isso e eu incorporei de forma bem humorada. Brinco muito com isso, é uma questão bem humorada", completou.