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'De Lula, quero distância', diz Doria sobre possível chapa Alckmin-Lula

Em entrevista a Pedro Bial, Doria comenta possível aliança de Alckmin e Lula - Reprodução/TV Globo
Em entrevista a Pedro Bial, Doria comenta possível aliança de Alckmin e Lula Imagem: Reprodução/TV Globo

Colaboração para o UOL

10/12/2021 02h15Atualizada em 10/12/2021 02h22

O governador de São Paulo, João Doria Jr (PSDB), comentou a respeito da possível chapa Alckmin-Lula para as eleições presidenciais de 2022.

"Respeito a trajetória (de Alckmin). Mas de Lula, quero distância. Não me associo e nem me identifico com ele em nada. Venci Lula, Haddad e Dilma em 2016 pela prefeitura de São Paulo. Respeito a posição, mas estarei do outro lado. Combatendo Lula", declarou Doria, em entrevista ao "Conversa com Bial" (TV Globo) de hoje.

Combatendo o roubo, o assalto ao dinheiro público. Eu não acredito que os fins justificam os meios. Ninguém tem o direito de roubar dinheiro público, por mais que faça políticas públicas para os mais pobres e humildes. Faça assim, mas de forma honesta", completou o governador.

No programa, Doria também criticou Jair Bolsonaro.

Terceira via e possível aliança com Moro

Questionado por Bial, Doria comentou sobre se apresentar como uma opção fora do extremismo Lula x Bolsonaro e disse acreditar ser um bom nome para "unificar" o país.

Acredito. Construí minha vida agregando, somando, reunindo as pessoas. Foi o que mais fiz na atividade empresarial E agora em 2022 não será diferente. Tanto com Sérgio Moro, quanto com outros que certamente vão trilhar essa grande avenida democrática social que estará longe dos extremismos".

"Uma frente liberal social, pelo Brasil e pelos brasileiros. Uma frente pelo Brasil", completou.

Questionado por Bial, Doria declarou ainda não ter discutido uma possível chapa ao lado de Sérgio Moro. "Não discutimos esse tema porque seria premeditado. O tempo da política é diferente do nosso tempo. Essa cristalização só vai acontecer em abril do ano que vem. Tenho um projeto efetivo pro Brasil".

Eleições de 2022

O governador de São Paulo falou a respeito de como acredita que as eleições de 2022 transcorrerão.

Serão as mais sujas e sórdidas campanhas eleitorais da história do país", definiu, "extremistas gostam disso, de intimidar, de emparedar, de mentir, construir narrativas falsas, humilhar jornalistas, mulheres jornalistas". João Doria

"Aqueles que de fato forem candidatos nas eleições de 2022, seja no âmbito federal ou estadual, têm de ter muita resiliência para resistir, combater, contrapor-se a isso, ou irão sucumbir", completou.

Doria declarou ainda que acredita que um segundo turno entre Lula e Bolsonaro seria um dos maiores "pesadelos" para o Brasil.

Propostas

Falando como pré-candidato do PSDB à presidência, Doria comentou que se eleito, não se candidatará a reeleição "em hipótese alguma" e que trabalhará com o congresso para acabar com a mesma.

Ele declarou ainda reconhecer que foi o seu partido que instaurou a reeleição durante o governo FHC, mas que acredita que ela é danosa pois o político começa o governo pensando na mesma e não em trabalhar para o bem comum.

O governador também falou que pretende cumprir uma agenda liberal e privatizar empresas como a Petrobrás.