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PF avalia como fará a segurança de mais de mil servidores da Anvisa

Polícia e agência acertam como fazer a proteção de mais de 1 mil servidores ameaçados Imagem: Divulgação/Anvisa

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

20/12/2021 18h09Atualizada em 20/12/2021 18h59

A PF (Polícia Federal) avalia como fazer a segurança dos servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que vêm sofrendo ameaças de morte após a aprovação do uso da vacina da Pfizer contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.

Isso porque há a avaliação de que não só os cinco diretores e os gerentes diretamente responsáveis pela análise dos imunizantes estão em risco. A agência possui mais de mil funcionários.

Avaliar o real risco de um grupo e promover a segurança dele é um desafio a ser resolvido, disse uma fonte da Polícia Federal ao UOL hoje.

Investigação

A PF abriu um inquérito para apurar as ameaças na semana passada. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que buscaria saber os nomes dos funcionários da instituição que aprovaram a vacina para crianças.

No final de outubro, antes da aprovação dos imunizantes, os cinco diretores da Anvisa receberam emails com ameaças de morte. "Quem atentar contra a segurança física do meu filho: será morto", dizia um dos textos. "Também constam como alvos da citada ameaça de morte instituições escolares do estado do Paraná", acrescentou a agência, à época.

Ainda em outubro, a Anvisa acionou a Polícia Federal e o Ministério Público. Em 16 de dezembro, as vacinas da Pfizer foram aprovadas pela agência reguladora para serem aplicadas em crianças.

Na semana passada, depois da fala de Bolsonaro, a agência disse que funcionários eram alvo de "ativismo político violento". No domingo (19) à tarde, a Anvisa disse que recebeu "ameaças de violência (...) intensificadas de forma crescente nas últimas 24 horas".

Por isso, pediu às autoridades proteção aos membros da agência.

Uma das mensagens dizia que os servidores iam sofrer "com fogo e fúria". "Até o cara que serve o cafezinho para vocês [sic] não vai escapar ninguém", continuava.

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