PGR pede que Anvisa reforce segurança de dirigentes após relatos de ameaças
A PGR (Procuradoria-Geral da República) informou hoje ter solicitado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que sejam adotadas "providências no sentido de contribuir para assegurar a proteção dos dirigentes da agência".
O posicionamento ocorre depois que membros da entidade regulatória receberam ameaças nas redes sociais.
De acordo com a Anvisa, funcionários tornaram-se alvos na internet depois da aprovação da aplicação da vacina da Pfizer contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. A agência informou ter solicitado proteção policial e enviado à PGR um ofício por meio do qual são relatadas as ameaças.
Em resposta, a PGR diz ter pedido à Anvisa que sejam adotadas medidas de segurança. No entanto, o MPF não explicou e não especificou quais seriam as providências.
No ofício enviado para a Anvisa, a PGR também observa que situações semelhantes (ameaças a diretores do órgão) anteriores "foram diligentemente tratadas por membros do Ministério Público Federal no Distrito Federal e no Paraná, que contam, no tema, com o zeloso trabalho da Polícia Federal".
A autorização do uso da vacina em crianças de 5 a 11 anos foi divulgada na quinta-feira (15). A resolução prevê que crianças recebam duas doses de 10 microgramas num intervalo de 21 dias.
No sábado (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que estabeleceria um procedimento mais longo para autorizar a imunização desse público e disse que só divulgará a decisão sobre a vacinação de crianças em 5 de janeiro.
Segundo Queiroga, o prazo mais extenso é justificado por se tratar de um "tema sensível" e que a "introdução desse produto no âmbito de uma política pública requer uma análise mais aprofundada".
Até o momento, o imunizante da Pfizer é o único liberado para aplicação em crianças e adolescentes no país. Na avaliação do ministro, só a autorização da Anvisa não é suficiente para que a vacinação seja colocada em prática.
Apesar da liberação, o início da vacinação não pode ocorrer imediatamente porque o Ministério da Saúde ainda não solicitou a compra de doses específicas para a faixa etária. A previsão é imunizar 70 milhões de crianças.
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