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PSOL denuncia Kicis e Queiroga ao MPF por vazamento de dados de médicos

Os dois foram relacionados ao vazamento de dados de médicos pró-vacina - Divulgação
Os dois foram relacionados ao vazamento de dados de médicos pró-vacina Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL

12/01/2022 20h13Atualizada em 12/01/2022 20h13

O PSOL enviou representação ao MPF (Ministério Público Federal) para pedir investigação sobre o suposto envolvimento da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no vazamento de dados de médicos pró-vacina.

A bolsonarista admitiu que os documentos foram compartilhados pelo Ministério da Saúde. A declaração foi dada à colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. "Solicitei ao Ministério da Saúde os termos, e eles me passaram sem restrições. Compartilhei em um grupo de 'zap' de médicos. Quando me avisaram no Ministério da Saúde que alguém havia postado, pedi imediatamente que quem o fez removesse. Mas o ministério me informou que os documentos iriam para o site. Por isso entendi que eram públicos."

Na representação, os psolistas afirmam que há em curso um amplo e sistemático modelo de disseminação de fake news, vazamentos e ameaças, promovido pelo próprio governo Bolsonaro, "que impulsiona seus apoiadores à violência, trazendo graves consequências para a democracia, para a ciência e para a saúde da população brasileira."

Dados como CPF, celular e e-mail dos médicos Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, foram divulgados na internet durante a audiência pública do Ministério da Saúde, que discutiu a vacinação de crianças.

Queiroga rebate

O ministro Marcelo Queiroga afirmou no último dia 7 não ser "fiscal de dados" e orientou que jornalistas procurem a deputada federal Bia Kicis para saber sobre o vazamento de dados pessoais de médicos que apoiam a vacinação contra covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos.

"Eu não estava na audiência pública, tem que questionar ela [Bia Kicis]. A audiência pública não aconteceu no ministério então o documento não saiu do ministério", repetiu Queiroga a jornalistas. "Não sou fiscal de dados", completou.