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Pergunte à Bia Kicis, diz Queiroga sobre médicos que tiveram dados vazados

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, orienta jornalistas a procurarem deputada Bia Kicis para questionar sobre vazamento de dados de médicos - EBC
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, orienta jornalistas a procurarem deputada Bia Kicis para questionar sobre vazamento de dados de médicos Imagem: EBC

Do UOL, em São Paulo

07/01/2022 10h20Atualizada em 07/01/2022 13h37

O ministro Marcelo Queiroga, do Ministério da Saúde, afirmou hoje não ser "fiscal de dados" e orientou que jornalistas procurem a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) para saber sobre o vazamento de dados pessoais de médicos que apoiam a vacinação contra covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos.

Dados como CPF, celular e e-mail dos médicos Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, foram divulgados na internet durante a audiência pública do Ministério da Saúde, que discutiu a vacinação de crianças.

"Eu não estava na audiência pública, tem que questionar ela [Bia Kicis]. A audiência pública não aconteceu no ministério então o documento não saiu do ministério", repetiu Queiroga a jornalistas. "Não sou fiscal de dados", completou.

Kicis diz que recebeu da Saúde os documentos

A deputada bolsonarista Bia Kicis admitiu que os documentos foram compartilhados pelo Ministério da Saúde. A declaração foi dada à colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Solicitei ao Ministério da Saúde os termos, e eles me passaram sem restrições. Compartilhei em um grupo de 'zap' de médicos. Quando me avisaram no Ministério da Saúde que alguém havia postado, pedi imediatamente que quem o fez removesse. Mas o ministério me informou que os documentos iriam para o site. Por isso entendi que eram públicos.
Deputada Bia Kicis diz que compartilhou dados de médicos a favor da vacinação de crianças

Presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, Bia Kicis indicou pessoalmente três médicos contrários à vacinação para participar da audiência pública organizada pelo Ministério da Saúde. Ao final da discussão, o governo Jair Bolsonaro (PL) anunciou que receberá doses da Pfizer para vacinar crianças e a desistência de cobrar receita médica.

O Ministério da Saúde sofria pressão de especialistas, secretários de Saúde e governadores para liberar a vacinação para crianças. O presidente Bolsonaro, entretanto, é contra. Ele já ameaçou divulgar o nome de técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) responsáveis por dar aval ao imunizante infantil e também disse que a atitude da Anvisa é "inacreditável".