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Presidente do PSDB: Chapa Lula-Alckmin será a 'maior incoerência política'

Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, durante participação no UOL Entrevista - Reprodução/UOL
Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, durante participação no UOL Entrevista Imagem: Reprodução/UOL

Do UOL, em São Paulo

31/01/2022 09h30Atualizada em 31/01/2022 14h31

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse que uma união entre o ex-membro do partido Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá ser "a maior história de incoerência política do Brasil pós-redemocratização".

O ex-presidente afirmou na última semana que aguarda uma definição partidária do ex-governador de São Paulo para firmar uma aliança de olho nas eleições presidenciais de 2022. Em entrevista à Rádio Liberal, Lula declarou que o vice, independentemente da escolha, será um "contraponto ao PT".

Lula afirmou que as conversas com Alckmin estão "andando" e que a expectativa é que o ex-governador se filie a um partido da base de apoio da candidatura petista. A possibilidade de aliança entre o ex-governador e o ex-presidente ganhou força após jantar entre os dois em dezembro do ano passado.

"Eu vejo [o Alckmin] como alguém que pode até eventualmente virar vice-presidente da república. É algo possível pelo indicativo de pesquisa de opinião de hoje, mas será um vice-presidente que vai carregar a maior história de incoerência política do Brasil pós-redemocratização", disse Araújo ao jornal O Globo.

Lula segue na liderança na corrida presidencial das eleições de 2022 e registrou 44% das intenções de voto, contra 24% do presidente Jair Bolsonaro (PL) que aparece em segundo lugar, de acordo com cenário estimulado para o primeiro turno da pesquisa Ipespe. A pesquisa foi divulgada na última semana e foi realizada sob encomenda da XP.

Para o tucano, todos os partidos políticos devem dialogar entre si, mas para o PSDB essas conversas não podem ser de apoio a posições políticas completamente divergentes.

Na fala, o presidente nacional aproveitou para alfinetar o ex-membro da sigla que, inclusive, disputou a presidência pela sigla em 2018, mas não conseguiu ir para o segundo turno.

"Dialogar, conviver e conversar é uma coisa. É fundamental, é civilizado. Validar posições políticas antagônicas é que não tem o nosso respaldo. Geraldo Alckmin discordou do ponto de vista político, ideológico e de ações do PT durante décadas. Um dia ele acordou com uma compreensão de que tudo que achava estava errado", disparou.