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Contarato diz que vai acionar TCU para investigar gastos de Bolsonaro

A cobrança do senador Fabiano Contarato é baseada em revelação de que Bolsonaro gastou R$ 29,6 mi com cartões corporativos até dezembro do ano passado Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

Colaboração para o UOL

31/01/2022 12h00Atualizada em 31/01/2022 14h56

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) escreveu nas redes sociais, hoje, que vai pedir ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma auditoria sobre os gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) com cartão corporativo. Reportagem do jornal O Globo mostra que o atual mandatário gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos até dezembro do ano passado.

"Vou acionar o TCU para que faça ampla auditoria dos gastos de cartão corporativo do presidente da República, que estão altíssimos e superando seus antecessores, enquanto falta comida na mesa dos brasileiros", escreveu o petista.

O valor gasto por Bolsonaro é 18,8% maior do que os R$ 24,9 milhões consumidos nos quatro anos da gestão anterior, que acabou sendo dividida por Dilma Rousseff (2015-2016) e Michel Temer (2016-2018), diz O Globo.

"Cabe ao TCU, por força constitucional, a apreciação das contas de Bolsonaro e do bom uso de recursos públicos. Transparência e investigação já! Tenho projeto para evitar abuso no uso desses cartões", completou Contarato.

Gastos em 2021

A reportagem do jornal O Globo afirma que, somente em 2021, as despesas chegaram a R$ 11,8 milhões, o que representa o maior valor dos últimos sete anos. O valor só não é maior do que o registrado em 2014, R$ 13,3 milhões, quando Dilma era presidente.

Em dezembro do ano passado, as compras com os cartões exclusivos da família presidencial chegaram a R$ 1,5 milhão. O valor é o mais alto, para um único mês, dos três anos da atual gestão. No fim de dezembro, o presidente Bolsonaro e família passaram alguns dias de folga em Santa Catarina.

De acordo com o jornal, os montantes, que foram corrigidos pela inflação, correspondem às faturas de 29 cartões vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República. Os cartões estão sob a responsabilidade do mandatário, de seus familiares e auxiliares mais próximos.

Bolsonaro rebate

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse hoje nunca ter feito uso pessoal de um de seus três cartões corporativos, que, segundo ele, teria limite de até R$ 25 mil por mês e poderia ser utilizado, por exemplo, para "tomar tubaína com coca-cola".

"O meu cartão, que eu posso sacar até R$ 25 mil por mês e tomar em tubaína com coca-cola, nunca tirei um centavo", afirmou o governante durante agenda oficial em Itaboraí (RJ), onde discursou para gestores da Petrobras.

Bolsonaro também disse que os filhos, o senador Flávio (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo (PSL-SP), não possuem cartão corporativo da Presidência. Ele explicou ainda que, além do cartão de uso pessoal (com limite até R$ 25 mil), existem ainda outros dois (que seriam utilizados para custeio de despesas diversas).

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