Convidada a depor sobre Monark, Tabata diz que 'cabe à Justiça julgar'
Convidada a depor como testemunha num inquérito sobre as falas do influencer Bruno Aiub, conhecido como Monark, acerca de nazismo e liberdade de expressão, a deputada federal Tabata Amaral hoje disse que "cabe à Justiça julgar e decidir os encaminhamentos".
"Independente do que a Justiça decida, a sociedade deixou claro que não vai tolerar que pessoas defendam ideias perigosas de forma completamente irresponsável", disse em entrevista ao UOL News. "Comunicadores têm responsabilidade pelo que falam e ideias, como o nazismo, não têm o direito de circular. O nazismo matou judeus, negros, ciganos, gays e pessoas com deficiência."
O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou no mês passado a abertura de inquérito para apurar suposta prática de crime de apologia ao nazismo pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e por Monark.
Monark, que apresentava o programa, disse que endossa a criação de um partido nazista a fim de equilibrar o debate político.
"A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical. As duas tinham que ter espaço. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei", disse o influencer.
Tabata, que também participava do podcast, rebateu as falas de Monark e Kim ao afirmar que o nazismo põe a população judaica em risco.
"Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco", disse a congressista.
- Veja as notícias do dia no UOL News com Fabíola Cidral:
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