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Em meio a críticas por isolamento, Fux se reúne com Rodrigo Pacheco

3.mar.2021 - O ministro Luiz Fux, presidente do STF, durante sessão plenária da Corte - Nelson Jr./SCO/STF
3.mar.2021 - O ministro Luiz Fux, presidente do STF, durante sessão plenária da Corte Imagem: Nelson Jr./SCO/STF

Paulo Roberto Netto

Colaboração para o UOL, de Brasília

02/05/2022 17h02Atualizada em 02/05/2022 23h31

Alvo de críticas internas por pouco protagonismo na construção de uma solução ao impasse produzido pela graça ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, se reúne nesta terça-feira (3) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O encontro será no gabinete de Fux, às 15h para discutir a relação entre os Poderes. É dado como certo que a graça de Bolsonaro a Silveira será discutida. Após o encontro, o magistrado também vai se reunir com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, às 17h.

Pacheco tem mantido contato frequente com Fux e com o presidente do TSE, ministro Edson Fachin. Como mostrou o UOL na semana passada, o presidente do Senado trocou telefonemas com Fachin horas antes de sair em defesa do sistema eleitoral, atacado novamente por Bolsonaro.

No Supremo, porém, a articulação de Fux com o Congresso tem sido criticada internamente, como mostrou reportagem publicada na Folha de hoje. Interlocutores ouvidos pelo UOL relataram críticas semelhantes, apontando que o presidente da Corte não tem reagido à altura dos ataques que tem sofrido e tem feito pouco para construção de uma solução ao impasse.

Um exemplo disso teria ocorrido na terça-feira passada (26), quando os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco, se encontraram com quatro ministros da Corte: Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski.

O encontro foi relatado pela Folha e confirmado pelo UOL. Fux foi convidado, mas não foi à reunião em razão de seu aniversário.

Desde a concessão da graça, o ministro evita comentar publicamente o ato de Bolsonaro. A interlocutores, Fux avalia que uma resposta agora colocaria o Supremo ainda mais no centro da crise.