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Candidato do PT ao Senado separa briga entre militantes em bar no Rio; veja

Beatriz Gomes

Do UOL, em São Paulo*

08/07/2022 19h43Atualizada em 08/07/2022 23h33

Após o ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro, André Ceciliano, pré-candidato do PT ao Senado pelo estado, foi filmado tentando separar uma briga entre militantes petistas e um de seus apoiadores em um bar na noite de ontem. Ao UOL, o político desmentiu boatos que circulam na internet que apontam que ele estaria incentivando agressões.

A confusão ocorreu dentro do Bar Amarelinho na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, onde ocorreu o ato do ex-presidente. Na gravação é possível ver pessoas se empurrado enquanto Ceciliano e alguns garçons do local tentam separar as pessoas envolvidas na confusão.

O pré-candidato, que estava de camisa branca, tenta puxar um homem também com camisa branca que discutia no bar.

É possível ouvir gritos e palavras de baixo calão na filmagem com duração de 1 minutos e 28 segundos. Pessoas com as bandeiras do PT e usando adesivos distribuídos no ato com o ex-presidente também aparecem na gravação.

Enquanto seguranças e trabalhadores do local tentam retirar um dos supostos envolvidos na confusão do bar, militantes começaram a gritar: "Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula".

O que diz Ceciliano

Ao UOL, o político explicou que foi ofendido com xingamentos por um casal e, na sequência, começou uma discussão entre a dupla e um apoiador do pré-candidato.

"André aceitou o convite de apoiadores para ir até o Amarelinho com a família após a festa de quinta-feira. Ao chegar lá, um casal começou a gritar xingamentos contra o pré-candidato ao Senado pelo PT e uma discussão começou com um apoiador, seguido de empurra, empurra", esclareceu a nota obtida pelo UOL.

O político também argumentou que no vídeo está "claro" que Ceciliano estava "tentando tirar uma pessoa da confusão e não a incentivando a entrar nela".

"André lamenta o episódio que, segundo ele, destoa do clima de otimismo e esperança que marcou o espírito do ato", finalizou o pré-candidato do PT.

Ato de Lula teve bomba caseira com fezes lançada contra a plateia

Uma bomba caseira com fezes foi lançada contra o público que acompanha o ato do ex-presidente Lula na noite de ontem na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. O forte esquema de segurança instalado na praça que abriga milhares de pessoas não conseguiu impedir o ataque, que ocorreu por volta das 18h50 antes de o pré-candidato subir ao palco.

O artefato — feito com uma garrafa PET — provocou forte estrondo e espalhou mau cheiro no local. Ninguém se feriu. O local onde a bomba caiu foi isolado e o material rapidamente coletado por bombeiros civis. As atividades no palanque, que já haviam sido iniciadas, foram paralisadas por pouco mais de 20 minutos até a chegada de Lula.

André Stefano Dimitriu Alves de Brito, 55, preso ontem por suspeita de ter arremessado a garrafa de plástico com explosivos e fezes no ato foi autuado por crime de explosão pela polícia do Rio. O homem afirmou aos PMs que o prenderam em flagrante não possuir inclinação política ou ideológica e que praticou o ato como forma de protesto "a uma alegada polarização ideológica que prejudicaria o futuro do país".

Ontem, o ex-presidente usou colete à prova de balas durante o evento na praça da Cinelândia. Era possível observar o colete por baixo da blusa utilizada por Lula. Uma gola preta vazava pela gola da camisa branca utilizada pelo ex-presidente.

*Com Lola Ferreira, Lucas Borges Teixeira, do UOL, no Rio e em São Paulo; e Marcela Lemos, em colaboração para o UOL, no Rio