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PSOL quer multa e inelegibilidade para quem estimula violência política

12/07/2022 09h15

Depois que um petista foi morto em Foz do Iguaçu por desavença política, Juliano Medeiros, presidente do PSOL, anunciou que vai pedir punições duras da TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para quem incentiva violência política. Em participação no UOL News, nesta terça-feira (12), ele falou que vai conversar com Alexandre de Moraes, presidente do TSE, para pedir resoluções que tratem do assunto.

"A gente pediu federalização do caso porque acha que tem que ter uma resposta contundente e dura. E vamos ter uma reunião com Alexandre de Moraes pedindo que ele tome providências para punir o discurso de ódio nas eleições. Se cada candidato ou mandatário que falar de fuzilar ou jogar granadinha na reunião do adversário, como Bolsonaro falou, tomar uma multa de 1 milhão ou 2 milhões de reais, isso tende a diminuir um pouco", exemplificou Juliano.

O presidente do PSOL não acredita que é possível criminalizar esse discurso de ódio, mas explicou como o TSE deve criar a punição, podendo até declarar inelegibilidade de um político.

"Há um regramento eleitoral que não é constituído por lei. Pode ser definido pelo TSE. São resoluções eleitorais, disciplinando aspectos que não estão claros. Não tenho esperança de aprovar uma lei e instituir esse crime no código penal. Mas é possível tomar medidas sobre isso na lei eleitoral, aumentando multas e criando possibilidade de inelegibilidade", explicou o presidente do PSOL.

Eleição

Juliano já foi apontado como possível candidato a vice-governador de São Paulo na chapa de Fernando Haddad (PT). Mas ele afirmou que ainda não há um acordo para que o PSOL apoie o petista. E deixou claro que, se esse acordo não acontecer, o partido dele vai lançar um candidato ao senado para concorrer com Márcio França (PSB) - candidato apoiado pelo PT.

"No caso do PSOL não compor a chave com Haddad, o PSOL vai ter um candidato a senado. Não sei quem foi do PT que falou que o Márcio França seria o único candidato do PT ao Senado. Se não chegarmos a um acordo, o PSOL lançará candidato ao senado", prometeu Juliano, sem dar nomes específicos de quem seria esse candidato.

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