PF apreende R$ 1,3 mi, joias e jet ski em ação que mira fraude na Codevasf

A PF (Polícia Federal) apreendeu cerca de R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, joias, relógios de luxo, bebidas, bolsas de grife e um jet ski na operação realizada na manhã de hoje que mirou uma organização criminosa suspeita de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

Os itens foram apreendidos durante os 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas, todas no Maranhão.

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Durante a força-tarefa, também foi preso temporariamente o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como "Imperador". Ele é apontado pela PF como sócio oculto da empreiteira Construservice e líder do grupo criminoso.

Segundo a investigação da PF, a organização comandada por Costa tinha contas bancárias vinculadas a CPFs falsos para realizar as fraudes com o governo federal e dificultar a atuação de órgãos de controle, contando ainda com nomes de terceiros em suas empresas e bens.

Ainda de acordo com a corporação, as apurações também indicaram que o mesmo modo de atuação foi registrado em outro caso de desvios de recursos públicos na cidade de Dom Pedro em 2015, quando a Polícia Civil identificou que essa mesma organização praticou essas irregularidades no município. A diferença é que, agora, o grupo criminoso foi investigado por irregularidade em nível federal.

Os mandados de busca e apreensão foram determinados pela 1ª Vara Federal de São Luís e, ao todo, 80 agentes da PF atuaram na operação.

Caso as suspeitas da PF sejam confirmadas, os alvos da força-tarefa poderão responder por fraude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão, disse a PF.

A força-tarefa foi batizada de "Operação Odoacro", em referência ao sobrenome de um soldado italiano que capitaneou uma revolta que colocou fim ao Império Romano.