Huck a Janones: os cotados à Presidência que saíram da corrida ao Planalto
Vários nomes cotados para concorrer à eleição para a Presidência da República, em outubro, deixaram de se candidatar ao pleito, seja por motivos pessoais ou questões que envolviam partidos, alianças e o tabuleiro político.
E a lista é grande: o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os apresentadores Luciano Huck e José Luiz Datena, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), e, agora, o deputado federal André Janones (Avante-MG) são apenas alguns deles que jogaram a toalha no meio do caminho.
Abaixo, a lista completa dos políticos e personalidades que deixaram de buscar vaga ao Palácio do Planalto.
André Janones (Avante)
O deputado federal André Janones (Avante-MG) oficializou nesta quinta-feira (4), durante live nas redes sociais, que saiu da disputa à Presidência da República para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os dois apareceram juntos na transmissão, após uma reunião na nova sede da campanha petista, em Higienópolis, área nobre de São Paulo.
Luciano Bivar (União Brasil)
O deputado federal Luciano Bivar desistiu da candidatura no último domingo (31) após conversas internas no seu partido, o União Brasil. Ex-presidente do PSL, o parlamentar ficou famoso por abrigar Jair Bolsonaro na campanha vitoriosa nas eleições de 2018.
Fora da candidatura ao Planalto, Bivar tentará a reeleição à Câmara dos Deputados por Pernambuco.
Luciano Huck (sem partido)
Embora nunca tenha anunciado oficialmente, o nome do apresentador Luciano Huck para concorrer à Presidência era cotado nos bastidores e ventilado como uma das principais forças capazes de frear a polarização entre o bolsonarismo e o petismo.
Em junho do ano passado, no entanto, Huck afastou de vez a possibilidade de se candidatar ao cargo, mas reiterou que continuará no debate político e não descartou disputar ao pleito no futuro.
"Eu nunca me lancei candidato a nada, então eu não estaria retirando candidatura a nada, porque eu nunca lancei candidatura", disse ele ao apresentador Pedro Bial.
Luiz Henrique Mandetta (União Brasil)
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que bateu de frente com o presidente Bolsonaro durante os primeiros meses da pandemia de covid-19, anunciou em novembro a desistência de sua pré-candidatura em reunião com o comando do então Democratas (partido que, mais tarde, viria a se tornar o União Brasil).
Mandetta era um dos principais cotados para se tornar candidato da chamada "terceira via" para enfrentar Lula e a Bolsonaro.
João Amoêdo (Novo)
Amoêdo foi candidato à Presidência nas eleições de 2018 pelo Novo, mas não chegou ao segundo turno —que acabou sendo disputado por Bolsonaro, então filiado ao PSL, e Fernando Haddad (PT).
Tentou voltar aos holofotes nas eleições de 2022, mas desistiu após a constatação de que havia uma "falta de consenso" entre os dirigentes quanto aos rumos do partido, segundo ele.
José Luiz Datena (PSC)
Durante conversa com Fausto Silva, o Faustão, Datena disse ter levado uma "rasteira" em meio a tentativa de lançar a sua candidatura como presidente da República.
No ano passado, Datena se filiou ao PSL (Partido Social Liberal) e foi alçado a pré-candidato à presidente da República nas eleições de 2022. Mas, em novembro, o apresentador confirmou a a filiação ao PSD (Partido Social Democrático) e a sua candidatura ao Senado. Meses depois, Datena também desistiu de concorrer à vaga no Congresso.
Rodrigo Pacheco (PSD)
Pacheco foi apresentado como postulante à chefia do Executivo federal em outubro de 2021, logo após se filiar ao PSD. Quatro meses depois, em baixa nas pesquisas (as intenções de voto não chegavam a 1%), o parlamentar fez um pronunciamento direto da tribuna do Senado e anunciou a desistência.
"Os meus compromissos como presidente do Senado e com o país são urgentes, inadiáveis e não permitem qualquer espaço para vaidades. Por isso, afirmo que é impossível conciliar essa difícil missão com uma campanha presidencial", discursou Pacheco.
Sergio Moro (União Brasil)
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro causou euforia precoce em aliados políticos, sendo cotado como o principal rival de Bolsonaro, capaz de roubar parcela de apoiadores. O tempo se passou, e Moro não conseguia decolar nas pesquisas.
Em março, Morou pegou muita gente de surpresa ao anunciar a mudança de partido (do Novo para o União Brasil) e a retirada de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
"A troca de legenda foi comunicada à direção do Podemos, a quem agradeço todo o apoio. Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor."
João Doria (PSDB)
Isolado no PSDB, o ex-governador de São Paulo João Doria anunciou em maio que não seria mais candidato à Presidência após a pressão de seu partido para que desistisse de sua campanha. A cúpula tucana praticamente chegou a um consenso sobre o apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB).
"Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário a minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano", afirmou, na ocasião.
Eduardo Leite (PSDB)
Em meio a prévias eleitorais conturbadas, realizadas no PSDB, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite decidiu permanecer no partido e a dar fim no sonho de disputar vaga ao Palácio do Planalto.
O político avaliava um convite do PSD para disputar as eleições presidenciais, mas foi convencido de que sua candidatura ficaria isolada, sem uma aliança com siglas fortes.
Alessandro Vieira (PSDB)
O senador Alessandro Vieira (PSDB) se lançou ao Planalto no começo do ano, quando ainda era filiado ao Cidadania. O político de Sergipe ganhou destaque com discursos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL) durante a CPI da Covid no Senado.
O sonho de concorrer à Presidência da República se encerrou após o Cidadania fechar federação com o PSDB, que à época tinha Eduardo Leite e João Doria como seus nomes para a candidatura.
Com isso, o senador deixou o Cidadania e migrou para o PSDB, sigla em que está hoje. Seu nome voltou a ser cotado para ser vice na chapa com Simone Tebet (MDB), mas o partido acabou indicando a colega Mara Gabrilli.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.