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Pacheco diz que só irá a ato 'verdadeiramente cívico' no Congresso em 8/9

Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) - Pedro Gontijo/Senado Federal
Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) Imagem: Pedro Gontijo/Senado Federal

Do UOL, em Brasília

06/09/2022 18h23Atualizada em 06/09/2022 18h36

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou hoje (6) que não comparecerá ao desfile da Independência do Brasil, que ocorrerá amanhã (7) pela manhã em Brasília.

Pacheco disse em entrevista a jornalistas que só participará da sessão solene marcada para quinta (8), no Congresso Nacional, para celebrar o Bicentenário da Independência: "Uma solenidade verdadeiramente cívica".

A aliados Pacheco já sinalizava que não iria ao desfile se o presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse discursar na cerimônia, a fim de evitar fazer parte de um evento com tom eleitoreiro.

Aliado de Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também não participará do desfile, porque estará em campanha no estado, de acordo com interlocutores do deputado.

Atos pró-governo

Além do desfile, o presidente participará de atos do Dia da Independência, em 7 de setembro, em Brasília e no Rio de Janeiro. A campanha de Bolsonaro, inclusive, divulgou um vídeo em que o chefe do Executivo convoca os apoiadores a irem às ruas.

"Neste 7 de Setembro, eu convido as famílias brasileiras a irem às ruas para comemorar os 200 anos da nossa independência. Em paz e harmonia, vamos saudar a nossa independência. Compareça. A festa é nossa, é do nosso Brasil e da nossa bandeira verde e amarela", disse.

Na capital federal, o ato a favor do presidente já terá início na noite de hoje, por volta das 23h, na Torre de Televisão. No Twitter, Bolsonaro disse que, por volta de 00h, terá ainda "um espetáculo de fogos de artifício com as cores do Brasil iluminará o céu da cidade".

Embate com Judiciário

Os eventos do Bicentenário da Independência ocorrem em meio a tensões entre o presidente e o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ontem, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), alegou risco de violência política nas eleições deste ano e limitou trechos de decretos em que Bolsonaro havia facilitado a compra e o porte de armas de fogo —uma das pautas de campanha do mandatário em 2018.

O chefe do Executivo criticou a decisão do magistrado e afirmou que "resolveria" a questão. "E peço a quem está assistindo que acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve a questão dos decretos em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição", disse, em entrevista à Jovem Pan.