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Não misturamos política e religião, diz Gleisi após crítica a Edir Macedo

4.nov.2023 - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante visita ao CCBB em Brasília - Fátima Meira/Estadão Conteúdo
4.nov.2023 - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante visita ao CCBB em Brasília Imagem: Fátima Meira/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

04/11/2022 12h50Atualizada em 04/11/2022 13h30

A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, disse hoje que o partido nunca se afastou e que respeita o movimento evangélico brasileiro, mas que "não misturamos política com religião".

Mais cedo, a deputada federal escreveu, no Twitter, que "dispensa" o perdão do bispo Edir Macedo. Ele publicou um vídeo em que diz que cristãos devem "olhar para a frente" e não guardar mágoa pela vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.

Gleisi criticou Edir Macedo dizendo que ele "precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou". No texto, ela acusa o bispo de induzir milhões de pessoas a acreditarem em mentiras sobre Lula e o PT "usando a igreja e seus meios de comunicação para isso".

A declaração de Gleisi acontece após a intensa disputa pelos votos do setor evangélico na reta final da campanha à Presidência. O presidente eleito, Lula, fez diversos acenos à classe tentando abarcar votos do setor, considerado um eleitorado mais próximo de Jair Bolsonaro, para se eleger.

Hoje, a presidente do partido evitou comentar diretamente sua declaração, mas disse respeitar os setores evangélicos.

Não tenho nada a complementar. O que eu disse está dito. Nós nunca nos afastamos [do eleitorado evangélico]. E nós respeitamos. Só não misturamos política com religião. Isso é importante ficar claro. Temos o maior respeito.
Gleisi Hoffmann

O vídeo de Edir Macedo teve uma repercussão positiva entre os seguidores do bispo. Nos comentários, fiéis chamaram Edir Macedo de "sábio", concordaram com a mensagem e disseram que o perdão "é algo maravilhoso".

Líder da Igreja Universal, Edir Macedo fez oposição a Lula e foi aliado de Bolsonaro desde a eleição anterior, em 2018.