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Senador rebate Mourão sobre 'rombo' no orçamento: 'Dê sugestões melhores'

Colaboração para o UOL

04/11/2022 09h50Atualizada em 04/11/2022 13h30

Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do orçamento do governo federal para 2023, respondeu às críticas do senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS) sobre a PEC da Transição. O vice-presidente escreveu no Twitter que o projeto seria um "estupro no orçamento".

"Nosso senador eleito Mourão está convidado a dar suas sugestões. Sou o relator e estou fazendo orçamento da maneira mais participativa. Ele tem sugestão melhor? Apresente", afirmou Castro em participação no UOL News desta sexta-feira (4).

Castro ressaltou que terá uma postura conservadora e que pedirá poucas mudanças no orçamento, enviado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas ele entende que é legítimo e necessário o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedir alterações.

"Esse orçamento atual é da responsabilidade do presidente Bolsonaro junto com o Congresso. Agora temos um fato novo, que é um novo governo em oposição ao atual. Acho legítimo que equipe do novo presidente faça demandas junto ao Congresso para adequar, na medida do possível, o orçamento do atual governo para o futuro governo", explicou Castro.

O relator ressaltou que não vai aceitar a proposta do PT prontamente, pois será preciso negociar com líderes da Câmara e do Senado. Mas criticou os números do orçamento atual.

"Temos o orçamento mais restritivo da nossa história. Nunca tivemos um orçamento em que só tivéssemos R$ 22,4 bilhões de investimento. Isso é impraticável, é difícil para o país funcionar com um investimento tão baixo. O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que cuida das rodovias, está com orçamento de R$ 6,7 bilhões. Já tivemos R$ 20 bilhões no DNIT. O orçamento médio seria de R$ 15 bilhões", detalhou Castro.

Kassab negociará apoio do PT a Pacheco: 'Não há por que Lula criar disputa'

Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, também participou do UOL News e contou que recebeu um convite para se reunir com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para negociar um apoio ao governo Lula. Segundo ele, uma das condições será o apoio dos petistas à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD) como presidente do Senado.

"Com certeza o acordo passará por isso, seja para recondução do Pacheco, seja para o apoio mútuo junto a nossos principais líderes do poder Executivo", afirmou Kassab, listando prefeitos e governadores do PSD.

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