Tudo será apurado, diz ministro da Justiça horas após ataques bolsonaristas

O ministro da Justiça e chefe da Polícia Federal, Anderson Torres, demorou cerca de três horas e meia para se pronunciar em relação aos ataques bolsonaristas em Brasília contra a corporação que ele dirige.
Nas redes sociais, Torres afirmou que "tudo será apurado e esclarecido". A manifestação ocorreu horas após o primeiro pronunciamento do futuro ministro da Justiça, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA).
"Desde o início das manifestações em Brasília, o ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, manteve estreito contato com a
Secretaria de Segurança do Distrito Federal e com o governo do Distrito Federal, a fim de conter a violência, e restabelecer a ordem. Tudo será apurado e esclarecido. Situação normalizando no momento", escreveu Torres.
Em seu curto pronunciamento nas redes sociais, o ministro não condenou os manifestantes. Já Dino definiu os ataques como "inaceitáveis" e "arruaças políticas".
Entenda os ataques
O que aconteceu? Um grupo de bolsonaristas queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal. Os extremistas jogaram bombas no entorno e a segurança foi reforçada.
Por que os ataques começaram? O grupo iniciou o vandalismo após a prisão de um líder indígena que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinou a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo de dez dias, por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Moraes atendeu pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). "A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", registrou a procuradoria.
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