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Tudo será apurado, diz ministro da Justiça horas após ataques bolsonaristas

Ministro da Justiça, Anderson Torres - Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Ministro da Justiça, Anderson Torres Imagem: Elaine Menke/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

12/12/2022 23h37Atualizada em 12/12/2022 23h54

O ministro da Justiça e chefe da Polícia Federal, Anderson Torres, demorou cerca de três horas e meia para se pronunciar em relação aos ataques bolsonaristas em Brasília contra a corporação que ele dirige.

Nas redes sociais, Torres afirmou que "tudo será apurado e esclarecido". A manifestação ocorreu horas após o primeiro pronunciamento do futuro ministro da Justiça, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA).

"Desde o início das manifestações em Brasília, o ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, manteve estreito contato com a
Secretaria de Segurança do Distrito Federal e com o governo do Distrito Federal, a fim de conter a violência, e restabelecer a ordem. Tudo será apurado e esclarecido. Situação normalizando no momento", escreveu Torres.

Em seu curto pronunciamento nas redes sociais, o ministro não condenou os manifestantes. Já Dino definiu os ataques como "inaceitáveis" e "arruaças políticas".

Entenda os ataques

O que aconteceu? Um grupo de bolsonaristas queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal. Os extremistas jogaram bombas no entorno e a segurança foi reforçada.

Por que os ataques começaram? O grupo iniciou o vandalismo após a prisão de um líder indígena que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinou a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo de dez dias, por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moraes atendeu pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). "A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", registrou a procuradoria.