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Casos de assédio eleitoral chegam a 3 mil, incluindo bloqueios de rodovias

Segundo procurador-geral do Trabalho, queixas incluem até patrões obrigando funcionários a irem a bloqueios nas estradas - WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo procurador-geral do Trabalho, queixas incluem até patrões obrigando funcionários a irem a bloqueios nas estradas Imagem: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília

15/12/2022 15h35Atualizada em 15/12/2022 15h36

Segundo o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, há também registros de denúncias de empregados que foram demitidos por motivações políticas.

Os principais pontos do relatório levado a Moraes:

  • São 2,3 mil pessoas investigadas por 3,2 mil casos de assédio eleitoral.
  • MPT continuou a receber novas denúncias mesmo depois do segundo turno, incluindo demissão.
  • Casos são variados pelo país, mas houve maior incidência desta situação em Mato Grosso.
  • Patrões teriam até fretado ônibus para levar funcionários aos protestos golpistas.
  • Entre o 2° turno e a instalação do governo de transição, total de denúncias cresceu 20%; foram 478 novas queixas.
  • No mesmo período, o número de investigados também subiu, com 329 novos acusados.

Um relatório com as informações contabilizadas pelo Ministério Público do Trabalho foi levado ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

Há casos de multas que chegam a R$ 10 milhões. A Procuradoria deverá divulgar um balanço em janeiro.

Até o momento, as denúncias levaram à abertura de 80 ações civis públicas, 300 termos de ajuste de conduta e mais de 1.400 recomendações.

As regiões com mais denúncias registradas até o início do mês são:

  • Sudeste, com 1.114 queixas.
  • Sul, com 841.
  • Nordeste, com 482.
  • Centro-Oeste, com 255.
  • Norte, com 146.

A partir de agora a gente vai buscar as punições, a responsabilização de quem fez essas infrações e isso vai decorrer das apurações dos fatos. Há novas situações como coação de trabalhadoras e trabalhadores para participarem de atos e também dispensas discriminatórias -- o assédio eleitoral ocorreu, não teve efeito e por isso estão dispensando"
José de Lima Ramos Pereira, procurador-geral do Trabalho