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Polícia Federal prende PM e mais 3 em operação contra atos golpistas em RO

Do UOL, em São Paulo

17/12/2022 13h33

A Polícia Federal prendeu hoje um policial militar da reserva e mais três suspeitos de "associação criminosa" para organizar atos golpistas em Rondônia após vitória presidencial de Lula.

O que aconteceu?

  • A PF e o Ministério Público miram uma organização em Colorado Oeste
  • Foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão
  • Foi suspenso o direito ao porte e posse de arma aos investigados

"Alguns dos envolvidos que possuíam licença de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) tiveram sua autorização suspensa e o respectivo armamento e munições foram recolhidos", diz a PF.

O PM, empresários e produtores rurais entraram na mira por "coagirem cidadãos a aderirem aos protestos", segundo a PF.

Os 50 policiais que participaram da operação de hoje apreenderam:

  • 9 armas
  • 6 aparelhos telefônicos
  • 300 munições de diferentes calibres

O material arrecadado será analisado para identificar outros envolvidos, sobretudo, possíveis financiadores do grupo criminoso.
Polícia Federal

material apreendido pela polícia em operação contra  - Polícia Federal - Polícia Federal
Material apreendido pela polícia em operação para apurar responsáveis por atos golpistas em Rondônia
Imagem: Polícia Federal

A Operação Eleutéria começou após depoimento de comerciantes, caminhoneiros e autônomos "que foram constrangidos pelos líderes da manifestação realizada na cidade por pessoas inconformadas com o resultado da eleição", diz a PF.

Enquanto algumas "pessoas foram obrigadas a fechar o comércio como forma de apoio à manifestação", outras "não puderam abastecer seus veículos livremente" porque o "grupo impediu a passagem de caminhões tanques na cidade" e limitou "a quantidade de combustível por pessoa".

Foi constatado que comerciantes foram obrigados a demonstrar apoio à manifestação."
Polícia Federal

Outros abusos:

  • Coação a servidor que foi à manifestação averiguar irregularidades
  • A população local foi cerceada do acesso a bens de consumo essenciais
  • Estudantes tiveram prejudicado o seu acesso às escolas

Somados, os seguintes crimes podem resultar em até 16 anos de reclusão:

  • Associação criminosa
  • Constrangimento ilegal
  • Coação no curso do processo
  • Crimes contra a relação de consumo e contra a atuação do MP

O nome da operação Eleutéria se refere à deusa grega da Liberdade, em alusão "ao clamor popular de comerciantes, motoristas, empresários e cidadãos do município que vieram até as autoridades suplicar pela garantia da sua liberdade", conclui a PF.

Assista a "As Vozes de Bolsonaro", novo documentário do UOL: