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Página diz que Bolsonaro se vacinou em SP quando ele estava em Brasília

Suposto cartão de vacinação digital de Jair Bolsonaro vazado nas redes - Reprodução
Suposto cartão de vacinação digital de Jair Bolsonaro vazado nas redes Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

02/01/2023 22h09

Um suposto site do coletivo de hackers Anonymous divulgou um cartão de vacinação digital que atribuiu a Jair Bolsonaro, e o assunto repercutiu nas redes sociais nesta segunda-feira (2).

O que aconteceu?

  • De acordo com a página, o ex-presidente teria se vacinado no dia 19 de julho de 2021 na UBS Parque Peruche, na zona norte de São Paulo, com uma dose da vacina Janssen;
  • No entanto, no dia 19 de julho Bolsonaro estava em Brasília, para onde voltou no dia anterior (18) após receber alta do Hospital Vila Nova Star, na zona sul paulistana;
  • A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo diz que não consta registro de atendimento a Bolsonaro na UBS na ocasião.

A alta hospitalar de Jair Bolsonaro foi registrada pela reportagem do UOL (aqui). Ele passou quatro dias internado por causa de uma obstrução intestinal. Ao sair do hospital, em entrevista a jornalistas, ele disse que se reuniria no dia seguinte com o então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (veja aqui).

A chegada de Bolsonaro a Brasília no mesmo dia também foi registrada pelo UOL (aqui). Ele embarcou do aeroporto de Congonhas às 10h55 e chegou na capital brasileira no início da tarde.

No dia seguinte (19), data em que a suposta página do Anonymous afirma que Bolsonaro teria se vacinado em São Paulo, ele tinha agenda em Brasília (aqui). Apesar de ter dito que se reuniria com Marcelo Queiroga, apenas uma reunião com Pedro Cesar Sousa, subchefe para assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República, consta na agenda oficial. A reunião estava marcada para acontecer de 15h às 15h20 no Palácio do Planalto.

Sigilo de cartão de vacinação. As especulações sobre Jair Bolsonaro ter ou não se vacinado repercutem porque ele colocou o seu documento de vacinação sob sigilo. Apesar de dizer que o documento estava liberado "para quem quiser olhar", a Secretaria-Geral da Presidência da República continou negando os pedidos solicitados via LAI (Lei de Acesso à Informação).