Lula vai ao STF e se encontra com ministros após destruição
Após vistoriar os estragos promovidos por golpistas no Palácio do Planalto, na noite de hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi à sede do STF (Supremo Tribunal Federal), onde se encontrou com a presidente da Corte, Rosa Weber, e os ministros Roberto Barroso e Dias Toffoli. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também participou do encontro.
O UOL apurou que, em paralelo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, se reúne com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e com o alto comando do Exército.
A segurança do STF junto com a tropa de choque conseguiu retomar o prédio por volta das 17h, cerca de uma hora e 30 minutos depois da invasão. Algumas pessoas foram detidas na garagem.
- Terroristas invadiram o prédio do STF por volta das 15h30;
- A tropa de choque só conseguiu retomar o controle do prédio às 17h.
Manifestantes golpistas destruíram vidros, câmeras e mobília durante a invasão ao STF. Há informação ainda da destruição de um busto de Rui Barbosa, responsável pela criação da Corte, e do abolicionista Joaquim Nabuco, além de um tapete histórico.
No plenário
- Todos os vidros foram depredados;
- Cadeiras foram jogadas e quebradas;
- Bancos arremessados;
- Câmeras de vigilância destruídas;
- Tapete molhado (devido ao sistema de água que foi acionado);
- Brasão da República arrancado.
No salão branco, onde ministros se reúnem
- Móveis foram jogados e destruídos
O prédio anexo foi poupado pelos vândalos.
Invasão ao Congresso, Planalto e STF
Um grupo de milhares de extremistas Manifestantes golpistas destruíram vidros, câmeras e mobília durante a invasão feita hoje ao prédio do STF, em Brasília.
Bolsonaristas que marchava pela Esplanada dos Ministérios enfrentou os bloqueios policiais, invadiu e depredou o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF.
Os terroristas atacaram primeiro o prédio do Congresso. Eles enfrentaram os policiais que mantinham bloqueios na área, subiram a rampa do Congresso e, em seguida, tomaram as famosas cúpulas.
Eles também quebraram a vidraça do Salão Nobre do prédio e conseguiram entrar no Congresso Nacional, apesar de enfrentarem resistência da Polícia Legislativa.
Após a tomada do Congresso, um grupo se dirigiu ao Palácio do Planalto, sede do governo federal, e entrou no prédio. Policiais formaram uma barreira para impedir acesso ao interior do edifício, de onde despacham o presidente da República e vários ministros.
Os manifestantes conseguiram subir a rampa do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a faixa presidencial há uma semana. Lula não está em Brasília. Ele viajou para Araraquara, no interior de São Paulo, para avaliar o impacto das chuvas que atingiram a região nos últimos dias.
Intervenção federal
Quase três horas após os atos de terrorismo, o presidente Lula anunciou intervenção federal no DF até 31 de janeiro. Ele estava em Araraquara, no interior de São Paulo, quando comunicou a decisão à imprensa.
No pronunciamento, Lula criticou a gestão de Bolsonaro, chamou os manifestantes de "fascistas" e ressaltou que os responsáveis pelos protestos golpistas e seus financiadores sejam punidos.
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