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Sob pressão, Aras diz que MPF 'não faltou' no controle de atos de violência

Do UOL, em Brasília

09/01/2023 20h05Atualizada em 10/01/2023 10h36

O procurador-geral da República afirmou em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os governadores que "não faltou o Ministério Público" no controle e fiscalização de atos de violência.

Augusto Aras citou nominalmente os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, ex-presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), e Alexandre de Moraes, relator de inquéritos contra milícias antidemocráticas e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para dizer que nem a PGR e nem o Judiciário ficaram parados perante ameaças.

Nestes últimos dois anos, não faltou o Ministério Público. Nestes últimos dois anos, não faltou o Supremo Tribunal Federal. E eu citei três nomes especificamente porque trabalhamos diretamente no monitoramento, controle e fiscalização de atos propensos à violência social" Augusto Aras

Como mostrou o UOL, Aras pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) a abertura de um inquérito contra o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

A investigação busca, a princípio, entender o que houve durante a invasão dos edifícios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF.

Mais cedo, o PGR recebeu uma representação assinada por dez subprocuradores-gerais que cobravam a instauração de inquérito para apurar possível responsabilidade criminal quanto aos atos antidemocráticos de ontem.

O grupo de subprocuradores afirma que há "fortes indícios de omissão" de Ibaneis em adotar medidas concretas para evitar a escalada da violência.

"Todos esses fatos contêm indícios de grave omissão do Chefe do Executivo do Distrito Federal, com inequívoca relevância penal. Tais fatos estão, pois, a merecer detida investigação", afirmam os subprocuradores.