Topo

O que se sabe sobre os ataques às torres de energia no Brasil

Torre da linha de transmissão Samuel - Ariquemes, derrubada em Cujubim (RO) em 8/1 - Aneel/Divulgação
Torre da linha de transmissão Samuel - Ariquemes, derrubada em Cujubim (RO) em 8/1 Imagem: Aneel/Divulgação

Vinícius Nunes

Colaboração para o UOL, em Brasília

18/01/2023 04h00

?

Já são sete ataques a torres de transmissão de energia nos estados de São Paulo, do Paraná e de Rondônia. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), dizem que não estão descartados atos de vandalismo e sabotagem.

O MME (Ministério de Minas e Energia) afirma que vai pedir aumento de policiamento perto das concessionárias de energia. A Polícia Federal abriu quatro inquéritos para apurar os casos. Até agora, ninguém foi preso.

O que você precisa saber

  • São 4 torres derrubadas -- 3 delas em Rondônia -- e 8 danificadas, em tentativa de queda ou impactadas pelas que caíram (veja abaixo).
  • A PF apura os ataques separadamente nos estados, mas o ministro Flávio Dino já estuda unificar os casos em Brasília;
  • Ainda não há indícios, segundo a PF, de que o atentado golpista aos Três Poderes tenha relação aos ataques às torres;
  • Aneel, ONS e concessionárias descartam que as quedas tenham sido causadas por efeitos climáticos. Citam "sabotagem" e "vandalismo";
  • O MME diz que vai aumentar a segurança das concessionárias com o uso de drones e policiamento extensivo;
  • PF e MPF atuam para invetigar os ataques
  • Nenhuma queda ou dano impactou o fornecimento de energia.

Entenda a cronologia dos fatos:

  • 8.jan - na noite de domingo, após o ataques golpistas em Brasília, três torres de transmissão são derrubadas no Paraná e em Rondônia;
  • 9.jan - pela manhã, o ONS divulga relatório em que detalha os danos: uma torre derrubada no município de Medianeira (PR) e outras três danificadas; duas torres com os cabos rompidos e derrubadas nas cidades Ariquemes e Rolim (RO).
  • 9.jan - no mesmo dia, a Aneel anuncia a montagem de um gabinete de crise para apurar os incidentes.
  • 11.jan - a Polícia Federal abre inquéritos no Paraná e em Rondônia. No Sul, os agentes investigam a hipótese de atentado. Já no Norte, os dois inquéritos consideram a tese de vandalismo.
  • 12.jan - é registrado o primeiro caso em São Paulo, na cidade de Palmital. A Aneel afirma se tratar de vandalismo. A torre segue em pé, mas inoperante.
  • 13.jan - uma torre é atingida com evidência de tentativa de derrubada na cidade de Rio das Pedras, interior de São Paulo.
  • 14.jan - outra torre é derrubada em Rondônia, na cidade de Pimenta Bueno. Segundo o ONS, parafusos e cabos foram retirados da estrutura intencionalmente. O caso entrou no mesmo inquérito da PF em Vilhena.
  • 16.jan - a PF de São Paulo abre inquérito para apurar o caso de Rio das Pedras e Palmital.
  • 16.jan - o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reúne com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o diretor-geral da PF, Andrei Passos, para discutir as ações de combate aos atos de sabotagem.
  • 17.jan - Silveira diz que vai pedir que o policiamento seja reforçado nas áreas de potenciais ataques.
  • 17.jan - o Ministério Público Federal em Rondônia pede informações à PF e à Polícia Civil e deve entrar na investigações sobre o caso