STF acelera reforma para receber ministros: 'Itens se perderam para sempre'
A restauração do que foi destruído no Supremo Tribunal Federal, nos atos golpistas de 8 janeiro, é realizada por sete profissionais do Laboratório de Restauro e Conservação de Documentos da Corte. Segundo o coordenador dos trabalhos, Marcos Antônio de Farias, o restauro e catalogagem não chegou nem a 20%.
O setor está priorizando o térreo do prédio principal do STF, já que a Corte quer voltar com as sessões presenciais em plenário em 1º de fevereiro.
Ainda é necessário um trabalho grande de contagem no segundo e terceiro andar. Lá a destruição é grande"
Marcos Farias, coordenador da restauração no STF
De acordo com a equipe, não será possível restaurar muitos itens artísticos e históricos do STF destruídos por vândalos nos ataques às sedes dos Três Poderes — foram danificados a estrutura dos prédios e diversas obras de arte.
Cenário horrível, de tristeza. Para quem trabalha com patrimônio, foi uma dor muito grande que sentimos"
Lais Evangelista Bezerra, que trabalha no setor de preservação do Supremo há 17 anos
De acordo com os profissionais, é a primeira vez que o trabalho deles é focado exclusivamente para recuperar itens destruídos. Cadeiras quebradas, quadros perfurados e bustos amassados são apenas uma parte do longo trabalho que a equipe tem pela frente.
O serviço é auxiliado com trocas de informações dos setores do Iphan (Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional), além dos laboratórios de restauração da Câmara e do Senado.
"É uma coisa sem precedentes. Não sei com o que eles [manifestantes bolsonaristas] estavam na cabeça", afirma Lais Bezerra.
Valor inestimável
Os profissionais dizem que por serem itens de valor artístico e museológico, não é possível estimar o valor das obras perdidas e que precisam de reparo.
STF estimou parcialmente em R$ 5,9 milhões os custos de reparação. A conta, no entanto, não inclui a restauração das obras de arte danificadas e presentes de chefes de Estado.
A restauração das três sedes poderá custar mais de R$ 18 milhões.
Ontem (19), a AGU subiu para R$ 18,5 milhões o pedido de bloqueio de bens de financiadores do ato golpista de 8 de janeiro.
O valor inicial solicitado à 8ª Vara Federal de Brasília era de R$ 6,5 milhões. No total, estão na mira da AGU 52 pessoas e 7 empresas que financiaram ônibus para a manifestação bolsonarista.
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