Família de Marielle vê prejuízo em investigação e pede reunião com MP
Os familiares da vereadora dizem acreditar que a troca dos promotores após renúncia coletiva prejudica o trabalho feito nos últimos cinco anos.
Entende-se que a saída de todos os membros que acompanhavam a Força-Tarefa referente às investigações do caso, por implicar inevitavelmente na interrupção das atividades do grupo, pode impactar no desenvolvimento dos trabalhos em curso, já que a futura nova equipe precisará de tempo para estar a par da totalidade dos autos existentes e, assim, reconduzir a investigação.
Família de Marielle Franco, em nota
No dia 13 de janeiro, todos os membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pediram exoneração do grupo após o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, ser reconduzido ao cargo — ele ficou em segundo na lista tríplice — pelo governador Cláudio Castro (PL).
A família de Marielle pediu, então, uma nova reunião com Mattos, que aceitou. Ainda não há data definida.
"No que couber, estamos dispostos a apoiar esse processo de transição da equipe para que a Força-Tarefa volte a operar o mais breve possível", diz a família, em nota.
Além da vereadora do Rio, o motorista Anderson Gomes também foi assassinado no dia 14 de março de 2018. Os promotores do Gaeco integravam a força-tarefa criada em março de 2021 para chegar aos mandantes do crime.
Em nota, o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que "as nomeações garantem a continuidade das investigações em curso, incluindo o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, que, sem prejuízo, terá recomposta a Força-Tarefa criada pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos em março de 2021".
Os familiares criticam a frequente troca de titulares da investigação. Na Polícia Civil, o delegado responsável pelas investigações já mudou quatro vezes. O quinto e atual responsável é Alexandre Herdy, titular da Delegacia de Homicídios da Capital.
No Ministério Público, as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile — que acompanharam o caso desde o início — deixaram a força-tarefa após alegarem "interferências externas"
No início do mês, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que está disposto a conversar com Castro sobre as possibilidades de federalizar o caso. Ao jornal O Globo, o governador do Rio afirmou que aceitou uma ajuda da Polícia Federal e que haverá uma reunião para discutir detalhes.
Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos em 12 de março de 2019 como executores do assassinato e continuam presos à espera de julgamento. Ambos negam participação nos crimes.
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