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Fátima de Tubarão, que ia 'pegar o Xandão', é presa pela PF em SC

Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, participante dos atos golpistas no dia 8 de janeiro - Reprodução/Redes Sociais
Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, participante dos atos golpistas no dia 8 de janeiro Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

27/01/2023 09h32Atualizada em 27/01/2023 15h07

Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como "Dona Fátima de Tubarão", foi presa hoje em Santa Catarina na terceira fase da Operação Lesa Pátria da PF (Polícia Federal), que mira envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Em um dos vídeos virais dos invasores dos Três Poderes, ela aparece dizendo: "Vamos para a guerra, vou pegar o Xandão agora!" —em referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Depois que o vídeo viralizou, foi descoberto que "Dona Fátima" tem antecedentes criminais: ela foi condenada por tráfico de drogas com envolvimento de menor de idade em 2014.

Nas redes sociais, ela tem múltiplos perfis e se apresenta mais como Fátima Mendonça —com o uso do sobrenome "Jacinto" em alguns perfis, bem como no Instagram.

O UOL tenta localizar a defesa de Fátima.

As publicações do perfil mais recente mostram o apoio de Fátima a pautas bolsonaristas, como o voto impresso e a paralisação de caminhoneiros após as eleições 2022.

A PF cumpre hoje mandados de prisão, busca e apreensão, expedidos pelo STF. A força-tarefa mira envolvidos que participaram, financiaram ou fomentaram os atos golpistas que destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF. Até o momento, seis pessoas foram presas.

Condenada por tráfico de drogas

Maria de Fátima foi condenada a mais de 4 anos de prisão em regime semiaberto. Após recorrer, a pena foi diminuída para 3 anos e 10 meses em restrições de direitos e prestação de serviços à comunidade.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina descreve como a mulher foi descoberta por PMs que faziam vigília na região, conhecida pelo tráfico de drogas em Tubarão.

  • Por volta das 3h30 do dia do flagrante, os policiais viram Fátima sair de casa e varrer a calçada, falando em voz alta "vem pra cá que não tem ninguém", "pode vir pra cá"
  • Depois disso, um usuário se aproximou e perguntou "tem?" para Fátima, ao que ela respondeu: "Tem"
  • Em seguida, um adolescente saiu da garagem de Fátima com pedras de crack; os policiais agiram no momento
  • No processo, Fátima argumentou que usuários de droga "invadiam" sua casa e deixavam entorpecentes no local, porque ela realiza o aluguel de quartos como atividade para renda. Porém, os policiais viram a senhora agir ativamente na ação