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'Vamos buscar consistência de maioria que pensa na democracia', diz Pacheco

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) - Arquivo - Pedro França/Agência Senado
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) Imagem: Arquivo - Pedro França/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

31/01/2023 14h58Atualizada em 31/01/2023 15h21

O candidato a reeleição para a Presidência do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou hoje que busca "união e diálogo" de uma maioria de senadores que apoiam a democracia.

O que nós vamos buscar no Senado Federal é a consistência de uma maioria, de uma maioria que pensa que a democracia é a coisa mais importante do Brasil, que [pensa que] temos que pacificar as relações com o poder judiciário e com o poder executivo, que [pensa que] temos que ter produtividade no Senado Federal"
Rodrigo Pacheco

A fala foi dada ao canal GloboNews em alusão aos atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais insuflados por pautas antidemocráticas atacaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Nós estivemos muito próximos de uma ruptura [institucional], isso está revelado pela preparação que fizeram, inclusive com minuta de intervenção, minuta de golpe que é algo muito grave e naturalmente precisa ser repreendido por todos as instâncias da República"
Rodrigo Pacheco

Questionado sobre sua relação com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Pacheco disse não ter iniciado pautas bombas à gestão anterior.

O presidente do Senado elencou algumas ações que considera terem a independência da casa em relação a Bolsonaro. São elas:

  • Descontinuidade de pautas ambientais que "fossem desnecessárias e inadequadas";
  • Reconhecimento da importância da vacina contra a Covid-19;
  • Combate ao "negacionismo em relação à doença";
  • Aprovação de uma lei de Estado de Direito, que se revelou importante para a "tipificação de condutas como vimos no dia 8 de janeiro".

Relacionamento com a Justiça. Em relação a decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), Pacheco disse que a corte é provocada "muitas" vezes por nós da politica" e que, por esse motivo, é preciso uma autocontenção dos parlamentares.

O principal adversário de Pacheco é Rogério Marinho (PL-RN), senador eleito e ex-ministro do governo Bolsonaro, que simboliza uma candidatura contra o governo Lula e da ala bolsonarista do Senado.

Cabe ao presidente do Senado aceitar ou não um pedido de impeachment contra os ministro do STF. Por isso, a eleição de Rogério Marinho é considerada importante para bolsonaristas, que constantemente fazem críticas ao Supremo.

Existe um compromisso meu com o parlamento e com o Senado Federal. Eu nunca abri mão, na relação que tive com o executivo e com o próprio judiciário, de defender o poder legislativo.
Rodrigo Pacheco

Nesse sentido, ele relembrou ter recusado um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, protocolado por Jair Bolsonaro em 2021, por ter considerado não haver "votos" e condição política para o prosseguimento da ação.