Policial do Senado alvo de operação da PF ganha mais de R$ 28 mil

O policial legislativo Alexandre Bento Hilgenberg, alvo da quarta fase da operação Lesa Pátria, que mira os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro, foi afastado do cargo após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo o sistema do Senado, Hilgenberg recebe um salário de quase R$ 29 mil. O valor muda de acordo com as horas extras ou com o adicional noturno e até funções comissionadas, como foi o caso da folha de pagamento de janeiro deste ano.

A remuneração básica do policial é de R$ 25.661,18, além das vantagens pessoais que chegam a R$ 1.574,30, com adicional de periculosidade de R$ 684,48. No mês passado, ele ainda recebeu R$ 2.004,03 de um cargo de comissão, somando R$ 29,9 mil.

A pedido da PGR (Procuradora-Geral da República), foi expedido um mandado de busca e apreensão contra Hilgenberg. Segundo fontes, a ordem não foi cumprida no Senado. Os policiais esperaram Hilgenberg chegar no Congresso, informaram sobre a busca e o acompanharam até sua residência. O UOL tenta contato com a defesa do policial. O texto será atualizado em caso de manifestação do policial.

O UOL apurou que a investigação teve início dentro da própria Polícia Legislativa do Senado já no dia seguinte à invasão. Colegas alertaram o comando da corporação sobre atos suspeitos do policial, como comemorar a invasão e outras atitudes suspeitas.

A Polícia Legislativa, então, abriu um inquérito interno, passou a monitorar o policial e enviou a investigação à PGR. Hilgenberg não chegou a ser afastado durante a investigação para não levantar suspeita, mas foi mantido em funções na área externa do Congresso.