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Como deputada, ministra de Lula propôs recriar matéria escolar da ditadura

Daniela do Waguinho durante cerimônia de posse da ministra Marina Silva, em janeiro - FÁTIMA MEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
Daniela do Waguinho durante cerimônia de posse da ministra Marina Silva, em janeiro Imagem: FÁTIMA MEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

13/02/2023 15h01

A ministra do Turismo Daniela do Waguinho (União Brasil) propôs em 2021 um projeto para reimplantar a disciplina de educação moral e cívica na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

À época, Daniela estava em seu primeiro mandato como deputada federal. Ele foi reeleita nas eleições do ano passado, mas se licenciou do cargo para ocupar o posto de chefe da pasta do Turismo.

Na justificativa de sua proposta, a ex-deputada defendeu o retorno da disciplina para a "construção de uma sociedade harmoniosa" a partir da "importância da unidade familiar bem constituída".

Com a nova disciplina, os estudantes passam a ter a base pedagógica para aprender e entender sobre a importância da unidade familiar na constituição e solidez de uma sociedade saudável, solidária, acolhedora, comprometida com o equilíbrio emocional de seus membros, segura o suficiente para rechaçar os mecanismos da violência coletiva e da degeneração vinculada aos vícios extremos."

Ainda segundo o texto, a matéria também funcionaria como "base para o comprometimento cívico, com a consolidação dos valores cidadãos como a síntese de uma sociedade voltada para o bem-estar coletivo".

Por ter o mesmo assunto de outro projeto de lei de 2016, proposto pelo então deputado federal Cabo Daciolo, a proposta de Daniela foi apensada à dele.

Relações com miliciano e a Justiça

O nome da ministra do Turismo chegou aos holofotes após o surgimento das ligações dela com o ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado por homicídio e apontado como chefe de uma milícia na Baixada Fluminense.

Jura —que cumpre regime semiaberto— fez campanha para Daniela quando ela concorria ao seu primeiro mandato, em 2018, conforme informou a Folha de S.Paulo. Daniela também teve o apoio de Giane Prudêncio, esposa de Jura.

Jura também foi nomeado, em 2017, como assessor na Prefeitura de Belford Roxo, comandada pelo marido de Daniela.

Na época da publicação do assunto, Daniela afirmou que o apoio na campanha não significa compactuar com crimes.