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Tales: Atos golpistas ajudaram governo Lula a crescer em aprovação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

14/02/2023 18h53Atualizada em 15/02/2023 07h50

Os atos golpistas de 8 de janeiro influenciaram diretamente o resultado da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (14), segundo o colunista do UOL, Tales Faria, em participação no UOL News das 18h de hoje. O levantamento apontou que 40% aprovam o novo governo Lula (PT).

Caiu bastante o índice de aprovação do Bolsonaro em função dos atos antidemocráticos. Tudo o que os bolsonaristas aprontaram nesse período, nesse um mês e meio, ajudou o Lula. Esse que é o fato agora: o Lula está sendo ajudado pelo Bolsonaro.
Tales Faria

"Essa pesquisa não está mostrando ainda o que o Lula fez ou o que o governo fez. Está mostrando o que ele desfez de errado do [governo] Bolsonaro", complementa.

Lula prioriza discurso de questão social, afirma Tales

O colunista do UOL também comentou sobre as divergências entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na opinião de Tales, Lula tem mantido o discurso feito durante a campanha de que a questão social é prioridade do governo.

"Boa parte da fricção entre o Lula e o mercado financeiro hoje é porque o Lula tem priorizado em seu discurso a questão social mais do que a questão fiscal. E o mercado está dizendo: 'espera aí, ele não vai cuidar da questão fiscal, das contas públicas?'. O PT e o Lula juram que sim", afirmou.

Lindbergh Farias: BC não tem interesse no sucesso do governo Lula

A taxa básica de juros em 13,75% é uma forma deliberada de sabotagem ao governo Lula (PT), segundo o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).

Em entrevista ao UOL News, o deputado federal lembrou a afirmação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de que Roberto Campos Neto era a última trincheira do bolsonarismo.

Eu acredito sinceramente que é um cara que tem uma visão bolsonarista, alinhado ao projeto e que não está tão interessado que o governo do presidente Lula de certo, não está interessado que cresça 3%. Acho que é uma política deliberada, de certa forma, de sabotagem."

O deputado federal afirmou que o país não pode "ficar refém de uma posição que não está sendo usada em canto nenhum do mundo", fazendo referência ao Brasil ter hoje o maior juro real do planeta.

"A gente não ganhou a eleição presidencial para colocar o Brasil em recessão. Por que tem um presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a diretoria do Banco Central, que decidem colocar o país com a maior taxa de juros do mundo. Nós não nadamos até aqui para morrer na praia", afirmou.

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