Topo

Esse conteúdo é antigo

FAB inicia novo bloqueio do espaço aéreo em terra yanomâmi em 6 de abril

02.fev.2023 - Rio contaminado por mercúrio do garimpo na terra indígena Yanomami - Fernando Frazão / Agência Brasil
02.fev.2023 - Rio contaminado por mercúrio do garimpo na terra indígena Yanomami Imagem: Fernando Frazão / Agência Brasil

Colaboração para o UOL, em Brasília

23/02/2023 11h33Atualizada em 23/02/2023 12h23

A medida tem como objetivo combater o garimpo ilegal no território do povo indígena yanomami, em Roraima, e impedir a logística de atividades criminosas. O anúncio foi feito hoje pelos ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e José Múcio Filho (Defesa).

  • A previsão inicial era que a ação só ocorresse em 6 de maio. O governo federal considerou que manter o espaço aberto por tanto tempo frustraria a assegurar a saída de garimpeiros.
  • A FAB (Força Aérea Brasileira) prevê que somente aeronaves militares ou envolvidas na chamada Operação Escudo Yanomami sejam autorizadas a sobrevoar o território indígena.
  • A PF (Polícia Federal) deverá intensificar atividades para prender e identificar garimpeiros.

O primeiro bloqueio foi em 1º de fevereiro. Decreto assinado por Lula (PL) no fim de janeiro ampliou o poder de atuação dos ministérios da Defesa, da Saúde, do Desenvolvimento Social e Assistência Social, Família e Combate à Fome e dos Povos Indígenas na região.

Governo não detalhou quantos fora, presos na operação. Segundo Flávio Dino, houve uma redução "significativa" de crimes na região.

Vamos, já na próxima semana, intensificar prisões das pessoas que ainda estão, infelizmente descumprindo a lei e fazendo garimpo no território. Não sei, neste momento, o número exato de presos, mas são na casa de centenas.

Temos áreas com 100, com 200 pessoas, com 300... Estamos falando de centenas de pessoas, o que já é uma mudança significativa. Falava-se em em 15 mil pessoas para a escala de centenas, com certeza menos de 1.000."
Flávio Dino, ministro da Justiça

A PF investiga relatos de que indígenas yanomamis foram mortos por garimpeiros no território, em meio ao processo de asfixia do garimpo ilegal. A corporação também prevê diligências para investigar denúncias de que cerca de 30 adolescentes yanomamis foram estupradas por garimpeiros e ficaram grávidas.