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Bergamo: Hang adere ao faça o que digo, não o que faço ao usar Lei Rouanet

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/03/2023 09h31

Em participação no UOL News desta quarta, Mônica Bergamo criticou o uso da Lei Rouanet por Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). A colunista da Folha de S. Paulo estranhou como o empresário investiu mais de R$ 27 milhões em projetos autorizados a captar recursos por meio da lei, que sempre esteve na mira do ex-presidente.

É o faça o que falo, mas não o que faço. É muita hipocrisia. O Bolsonaro atacava essa lei diuturnamente. Usar o dinheiro público para fazer patrocínio do [musical] "Silvio Santos vem aí", sendo que ele tem uma série de interesses que se conectam ao SBT é um verdadeiro absurdo. Hang está quieto, desaparecido, mas é um grande exemplo de empresário que usa essa lei. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo

Na opinião de Mônica, a Lei Rouanet foi desvirtuada durante o governo Bolsonaro, permitindo que recursos públicos fossem utilizados em obras que não precisariam deste dinheiro. No caso de Hang, a colunista chamou a atenção para o patrocínio ao musical sobre Silvio Santos - vale destacar que a Havan é uma das anunciantes de maior destaque no SBT.

A ideia original era esse dinheiro ser usado em produções que estão começando e com artistas que não têm condições perfeitas de carreira no Brasil. Seguramente não é o caso da rede de lojas do Luciano Hang que, segundo ele, bombaram no governo Bolsonaro. Curioso ele precisar de recursos públicos, já que se mostrava como pessoa tão bem-sucedida, para fazer propaganda em filme do Silvio Santos. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo

Josias: Governo Lula acerta com combustíveis após farra fiscal de Bolsonaro

A decisão de reonerar os combustíveis foi um acerto do governo Lula, na visão de Josias de Souza. O colunista destacou os arranjos feitos pela equipe econômica para que não houvesse um impacto ainda maior no bolso do consumidor final e o fortalecimento de Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

A única escolha que seria inaceitável seria a manutenção da desoneração. O Haddad se saiu bem dessa. Ele disse tudo: 'Demagogia não vai resolver os problemas da economia brasileira'. Essa frase tem utilidade multiuso. Responde a Gleisi Hoffmann [presidente do PT], crítica companheira do ministro, e aos sussurros de neoaliados do governo petista. Gente que estava até ontem com Bolsonaro e imprimiu suas digitais nessa farra fiscal promovida pelo ex-presidente. Josias de Souza, colunista do UOL

Josias: Com Bolsonaro fora do poder, Jair Renan é deixado à própria sorte

Josias avaliou que Jair Renan está entregue à própria sorte. O colunista analisou a situação do filho 04 de Bolsonaro após o governo do Distrito Federal não recorrer da decisão judicial que derrubou o sigilo das reuniões que a pasta teve com ele, como mostra reportagem exclusiva do UOL.

Uma das grandes vantagens da derrota do Bolsonaro é que a exclusão dele do poder permite o levantamento dos tapetes que protegiam as malfeitorias éticas e políticas da família dele. O governo do DF abandona Jair Renan, que estava protegido por um manto translúcido, à própria sorte. Rasga-se também este véu. Josias de Souza, colunista do UOL

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