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Temer diz que afastamento de Bretas o tranquiliza: 'era o que eu esperava'

Juiz da Lava Jato, Bretas assinou mandado de prisão contra Temer em 2019 - Reprodução
Juiz da Lava Jato, Bretas assinou mandado de prisão contra Temer em 2019 Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

01/03/2023 14h35

O ex-presidente Michel Temer disse que o afastamento de Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, já era esperado e confirmação o tranquilizou.

O que aconteceu:

  • Temer publicou nota oficial, criticando os métodos do magistrado. Ele também se disse constitucionalista e que a decisão "em nada surpreendeu";
  • O juiz foi afastado ontem por decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça);
  • Entre as decisões na Lava Jato que foram analisadas está a prisão do ex-presidente Temer;
  • A interpretação de Bretas teria sido "caolha", e fundamentou a prisão em "suposições", segundo o desembargador que examinou o caso.
A história costuma corrigir as versões quando elas não espelham os fatos. Acima de tudo, o CNJ puniu o método que, até recentemente no Brasil, privilegiava a militância e as ambições pessoais em detrimento da justiça.
Michel Temer

Bretas mandou prender Temer em 21 de março de 2019. O mandado fazia parte da operação Lava Jato, e era baseado em um acordo de delação. Segundo a acusação, o ex-presidente teria cometido os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro em contratos da Eletronuclear com a empresa de engenharia Engevix. Quatro dias depois, Temer foi solto.

Prisão de Temer foi criticada por Lula na época. Enquanto cumpria pena em Curitiba, Lula publicou nas redes sociais que a força-tarefa da Lava Jato estava fazendo "pirotecnia" e "espetáculo", e que qualquer pessoa, inclusive desafetos, só pode ser presa depois de cumprido o "devido processo legal".

Leia a nota de Temer na íntegra: