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PF investiga elo entre viagem de Torres à Bahia e blitze da PRF na eleição

Jair Bolsonaro e Anderson Torres em evento em Brasília - 27.jun.2022 - Evaristo Sá/AFP
Jair Bolsonaro e Anderson Torres em evento em Brasília Imagem: 27.jun.2022 - Evaristo Sá/AFP

Do UOL, em São Paulo e Brasília

03/04/2023 14h17Atualizada em 03/04/2023 14h17

A PF investiga a ligação entre uma viagem de Anderson Torres à Bahia nas vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2022 e as blitze realizadas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no dia do segundo turno. As informações foram divulgadas pela jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, e confirmadas pelo UOL.

O que aconteceu

  • No domingo do segundo turno, a PRF deflagrou uma operação de blitze em cidades do Nordeste, reduto eleitoral de Lula (PT), que atrapalhou a chegada de eleitores às zonas de votação.
  • Na Bahia, dias antes do dia da eleição, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres teria pedido à superintendência da PF que atuasse em conjunto com a PRF contra supostos crimes eleitorais, como a compra de votos, em 30 de outubro de 2022.
  • O objetivo investigado por trás do pedido seria interromper o fluxo de eleitores na região, onde Lula (PT) tinha mais votos que Bolsonaro.
  • Os investigadores da Polícia Federal analisam se Torres atuou para favorecer Bolsonaro com uso de órgãos públicos.
  • A sugestão de Torres foi ignorada pela PF da Bahia, segundo Andréia Sadi. Também participou da reunião o então diretor-geral da PF, Marcio Nunes.

A operação culminou na queda do então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, que se tornou réu acusado de improbidade administrativa.

Anderson Torres está preso desde os atos golpistas de 8 de janeiro acusado de omissão como secretário da Segurança Pública do DF. Em sua casa, numa busca e apreensão da PF, investigadores localizaram uma minuta golpista. Torres descarta envolvimento com o documento, que chamou de "folclórico".