Governo Lula cobra fidelidade, e PSB se compromete com arcabouço fiscal
Depois das derrotas na semana passada, o governo Lula começou hoje uma série de reuniões para enquadrar os partidos da base aliada. O primeiro encontro foi com PSB do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Ao final da conversa, os participantes trataram de mostrar alinhamento, se comprometendo com o arcabouço fiscal.
O que aconteceu
As reuniões com quatro partidos que comandam ministérios ocorrem perto da votação do arcabouço fiscal. O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), espera que o assunto entre pauta em cerca de dez dias. Além do PSB, haverá encontros com PSD, MDB e União Brasil.
Presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) declarou que o PSB se comprometeu a apoiar o Palácio do Planalto nos projetos em tramitação na Câmara. Ela disse que um partido com o vice-presidente e três ministérios precisa estar alinhado com o governo. O PSB comanda as pastas dos Portos e Aeroportos (Márcio França), da Justiça e Segurança Pública (Flávio Dino) e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Alckmin).
Na votação da semana passada, o líder do PSB na Câmara, deputado Felipe Carreras (PE), votou contra o governo numa alteração do Marco do Saneamento. Gleisi disse que ele justificou a "traição" por ser líder de um bloco de nove partidos que orientou voto contra o Planalto. Para ela, esta situação é inaceitável.
Não pode ter opção entre governo e bloco. [Se] é governo, é governo.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT
A cobrança funcionou e o discurso de Carreras mudou. Ele falou que foi uma situação pontual e que vai alterar seu posicionamento durante as votações. O líder do PSB acrescentou que a condição para integrar o bloco de nove partidos foi ser base do governo e votar com o Planalto. Por fim, Carreras declarou que o partido será a favor do arcabouço, prometendo 14 votos pela aprovação do projeto.
PSB vai votar literalmente com o governo.
Felipe Carreras, líder do PSB na Câmara
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que votar com o governo não é favor, mas obrigação do partido. Ou seja, o enquadramento funcionou. A sequência de cobranças continua na tarde de hoje. Um encontro com o PSD está marcado para as 16h.
Em outra frente de atuação do Planalto, houve uma reunião do PT com mais sete partidos. Gleisi acrescentou que foi um erro não articular uma blocão de partidos de esquerda. "Eu acho que a gente, lá atrás, deveria ter feito um bloco com estes partidos progressistas. Teve também falha nossa no sentido de buscar essa conversação, afirmou a presidente do PT.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.