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Líder Yanomami: Gestão Bolsonaro nos deixou morrer no meio dos garimpeiros

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/05/2023 13h32

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami, Junior Hekurari Yanomami, afirmou em entrevista ao UOL News desta sexta-feira que o governo Bolsonaro virou as costas para o povo e os deixou morrer em meio aos garimpeiros. Reportagem do UOL mostra que o governo Bolsonaro sabia de avanço do garimpo na Terra Yanomami, mas não agiu.

Várias vezes nós pedimos socorro, várias vezes nós enviamos documentos para o governo Bolsonaro, para o ministro da Saúde, ministro da Justiça, presidente da Funai, [falando] que a situação do povo yanomami estava desenhando muitas mortes. A gente ficou muito revoltado com essa situação, já que relatamos e o governo Bolsonaro não nos protegeu. Eu vi muitas crianças morrerem diante dos meus olhos, o povo yanomami morrendo, crianças morrendo por falta de assistência de saúde.

Segundo Junior Yanomami, o então vice-presidente Hamilton Mourão também foi avisado da situação, mas ignorou os pedidos de ajuda.

Isso é grande culpa do governo Bolsonaro, que deixou a gente sofrer sozinho em meio aos garimpeiros. Muitas mulheres sofreram, muitos adultos morreram por envenenamento nas terras yanomamis. Isso nós relatamos para todas as autoridades, o próprio ex-vice-presidente da Republica, Hamilton Mourão, sabia que tinha muitos garimpeiros na terra yanomami, mas simplesmente virou as costas para o povo, não salvaram o povo yanomami.

Tales: Custem R$ 5 mi ou R$ 16 mi, joias já causaram estrago na imagem de Bolsonaro

O colunista do UOL Tales Faria falou a respeito do caso das joias sauditas que geraram polêmica para o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Receita Federal teria avaliado o material em R$ 5 milhões - anteriormente falava-se em R$ 16 milhões.

Para o povo, R$ 5 milhões ou R$ 16 milhões são uma grana pesada. É muita coisa, muita grana. Acho que, politicamente, para a opinião pública, não faz muita diferença se é R$ 5 [milhões] ou R$ 16 milhões.

Tales ainda afirmou que o caso das joias é propício a lavagem de dinheiro, já que é muito difícil conseguir estabelecer um valor exato para os objetos.

O valor que a Receita colocou é mais ou menos o que ela aceitaria como declaração de alguém. Então se o cara declarasse, comprei por R$ 5 milhões, mas elas valem R$ 16 milhões, a Receita aceitaria. Mas não significa que seja esse valor ou deixe de ser, e nem que politicamente tenha muita importância para a opinião publica. Para opinião pública, o estrago na imagem do Bolsonaro já foi feito. Ele tentou entrar com joias de milhões de dólares no país sem declarar e tentou depois tirar essas joias e mexeu mundos e fundos para isso.

Tales: Aliados de Bolsonaro falam em alívio e preocupação com Torres solto

O colunista do UOL Tales Faria afirmou durante sua participação no UOL News dessa sexta-feira (12) que ouviu dois aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a soltura do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Segundo Tales, há um misto de alívio e preocupação entre os aliados.

Os dois colocaram uma questão que é a seguinte: ainda não entenderam por que da mudança de postura do Supremo em relação a ele. Mas um deles disse que, seja lá qual for o entendimento para essa mudança, isso é muito bom, excelente, a entrevista do advogado ele considera muito boa, esse negócio de não haver delação.

Tales afirmou que a outra fonte também elogiou o advogado de Torres, mas se mostrou mais preocupada com a quantidade de vezes que ele ressaltou que iria "cooperar" com as autoridades.

Há essas duas versões, cooperação nesse caso pode ter entendimento semântico diferente para cada grupo, cooperar bastante pode ser entregar alguém, ou não, e não ser uma delação premiada em troca de alguma coisa, apenas cooperar e ter a boa vontade do outro lado. Vai permanecer essa dúvida.

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