O colunista do UOL Wálter Maierovitch avaliou que os advogados de Jair Bolsonaro e Mauro Cid parecem não se entender e que as linhas diferentes de estratégia das defesas podem complicar a situação de ambos perante a Justiça.
Tudo apontava para que o tenente-coronel batesse continência e aceitasse as ordens, mas não aconteceu isso. Fábio Wajngarten [ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações] esperava que Cid fosse confessar e fixar uma responsabilidade só dele, excluindo Bolsonaro. O silêncio indica o contrário. As defesas técnicas do Bolsonaro e do Cid estão em um ringue de boxe, em lados opostos, com um olhando feio para o outro. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Ao analisar o silêncio de Mauro Cid em depoimento à Polícia Federal, Maierovitch apontou que a estratégia do tenente-coronel se revela como uma grande ameaça a Jair Bolsonaro. O colunista avalia que a tática usada por Cid é um recado ao ex-presidente para que ele não o abandone.
Do silêncio, não se pode extrair nenhuma consequência jurídica, culpa ou responsabilidade. No caso concreto, vemos que Mauro Cid trava a língua, mas encosta uma faca na garganta do Bolsonaro. Se o silêncio é nada juridicamente, pode ser muita coisa depois. Por enquanto, ele diz [a Bolsonaro] 'não me jogue ao mar porque ainda não falei, mas posso falar'. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Alcoforado: Bolsonaro 'Pilatos' lava as mãos à beira da crucificação de Cid
Michel Alcoforado avaliou que Jair Bolsonaro deixou Mauro Cid à própria sorte ao se distanciar do tenente-coronel nas investigações da Polícia Federal. O colunista destacou que Cid não agiu por conta própria e, portanto, alguém estaria por trás das atitudes do tenente-coronel.
Bolsonaro é um homem religioso e agora está fazendo as vezes de Pôncio Pilatos: decidiu lavar as mãos à beira da crucificação de Mauro Cid e é isso o que estamos vendo agora. Bolsonaro fica defendendo a honra do ajudante de ordens e diz, ao mesmo tempo, 'façam o que precisa fazer, porque vou seguir minha vida e não tenho nada a ver com isso'. Michel Alcoforado, colunista do UOL
Josias: Domesticado pela PF, Bolsonaro agora faz versão fake de si mesmo
Josias de Souza reagiu com desconfiança ao discurso de Jair Bolsonaro (PL), que disse que a eleição de 2022 "é uma página virada". O colunista reforçou que a velha versão do Bolsonaro deve voltar a dar as caras tão logo surja algo novo contra ele.
Bolsonaro soa como um ex-Bolsonaro, domesticado pela Polícia Federal. A eleição de 2022 é página virada há muito tempo, desde outubro do ano passado. O Bolsonaro é que tentou virar essa página para trás. Dessa tentativa resultou o 8 de janeiro. Essa substituição da ira pelo comedimento é um lero-lero que não orna com a realidade. Josias de Souza, colunista do UOL
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