Tales: Se aprovado, Hauly terá Deltan como fantasma assombrando seu mandato

O colunista do UOL Tales Faria destacou que, se aprovado para substituir Deltan Dallagnol (Podemos-PR) na Câmara dos Deputados, Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), será "assombrado e vigiado" de perto pelo ex-procurador da Lava Jato.

Faria declarou durante o UOL News de hoje (9) que Dallagnol será uma espécie de "fantasma" na cola de Hauly, para que seu substituto não destoe de suas posições na Câmara, sobretudo relacionado à pauta de costumes.

"O Hauly disse ao Dallagnol que vai honrar o mandato dele, ou seja, que não vai se afastar muito das teses do Dallagnol no ponto de vista de costumes, mas o Hauly não é tão conservadora quanto o Dallagnol, que vigiará se nos projetos relativos a costumes, se o Hauly está votando de acordo com o que ele pensava, se não ele vai se manifestar contra", contou Tales.

Tales Faria também falou que Hauly já adiantou a Deltan que, relativo às pautas econômicas, ele tem posição própria e deve, por exemplo, apoiar a PEC da reforma tributária já em tramite na Câmara.

Madeleine: Pesquisa Ipec não é fim do mundo para Lula, mas é alerta

No UOL News, a colunista Madeleine Lacsko avaliou pesquisa Ipec divulgada hoje sobre aprovação do governo do presidente Lula (PT), que mostrou o petista é avaliado como ótimo ou bom por 37% dos brasileiros, enquanto 28% considera ruim ou péssimo.

Lacsko destacou que a pesquisa mostrou ter havido uma oscilação dentro da margem de erro que serve como um "alerta" para o governo, mas ainda não há motivo para grandes sustos.

Para a colunista, "a grande questão da popularidade do governo é a forma como Lula tem sido recebido" em eventos nos quais antes ele era benquisto, a exemplo de festas agropecuárias e com evangélicas. Madeleine ponderou que o petista precisa se reaproximar desse eleitorado.

"Lula sempre foi um candidato das classes mais baixas, mas ele sempre esteve junto da cultura da periferia, que hoje é evangélica e sertaneja, e ele não está conectado com isso, porque abraçou de 2010 para cá uma elite urbana que tem nojo disso, e bate nele na menor contrariedade", declarou.

Pesquisa Ipec não espanta; todo governo após eleito tem uma queda de aprovação, diz Tales Faria

Tales Faria concordou que o levantamento do Ipec divulgado hoje não "espanta" e que "todo governo", depois de eleito, sofre uma queda em sua popularidade.

"É uma oscilação e todo governo depois da eleição tem uma queda. O Lula venceu com 51% dos votos e o Bolsonaro teve 49%. A gente tem que ver isso. Depois tem nessa pesquisa a aprovação e a reprovação do governo, em que 53% nessa pesquisa aprova e 40%, desaprova. Até o desaprovo não é o mesmo dos que votaram em Bolsonaro. Uma parcela, embora pequena dos bolsonaristas, classifica o governo Lula como ótimo ou bom", pontuou Tales.

O colunista também destacou que "a leitura dessa pesquisa, para o Lula, ainda não é muito ruim, tá dentro do esperado nesse início do governo". "Tem que esperar as próximas pesquisas com o desempenho da economia", completou.

Caso kit robótica precisa ser mais apurado para descobrir quem realmente fazia negociações, diz Madeleine

Ao analisar o caso do investigado pela Polícia Federal no esquema de superfaturamento de kits de robótica para escolas de Alagoas, Madeleine Lacsko ponderou que o caso "precisa ser mais apurado para descobrir quem realmente fazia negociações".

"Esse é o tipo de história em que uma pessoa que mora em casa modesta, não é o que está adiante desse tipo de operação. A pessoa que está em casa vendo isso fala 'poxa, aí tem algo que não bate'. Nesse tipo de investigação, às vezes chamam a pessoa e ela nem sabe que o nome dela está sendo usado, e isso precisa se apurar", ressaltou a colunista.

"Tem que se apurar que tipo de contrato essa empresa já fez e quem estava fazendo essa negociação. Era mesmo esse senhor que mora numa casa humilde, dirigindo um Ford 2007 em pleno ano de 2023? Essa história a cada enxadada uma minhoca, quanto mais mexe, mais coisa aparece", completou.

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