Lula diz que vai listar terras improdutivas: 'Para quem quiser trabalhar'
O presidente Lula (PT) afirmou que quer articular um programa que liste terras improdutivas nos estados para serem direcionadas a pessoas sem terra.
O que Lula disse?
"Vamos fazer uma prateleira das chamadas terras improdutivas desse país e terras devolutas, em que a gente possa fazer assentamento agrário para quem quiser trabalhar no campo sem precisar brigar com ninguém", declarou Lula na transmissão "Conversa com o Presidente", realizada pelo Planalto.
Lula citou MST ao justificar projeto: "Por que temos que esperar o movimento invadir?". Segundo o presidente, a sugestão teria sido dada ao ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, para se adiantar a invasões e ocupações de terra promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Presidente já havia abordado tema antes, na primeira edição do programa. Na ocasião, Lula afirmou que o MST já não precisava mais "invadir" terras.
'Início de uma aproximação com o agro'
Único representante da cúpula da FPA (Frente Parlamentar do Agronegócio) no evento de lançamento do Plano Safra, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da frente, disse que hoje "há um grau de aproximação" entre o setor e o governo.
Para o deputado, a fala de Lula sobre as invasões foi um "sinal positivo", uma vez que o tema foi alvo de críticas de ruralistas no Congresso Nacional. Jardim reconheceu ainda o esforço do governo na apresentação do plano para o agro.
O baixo número de parlamentares na cerimônia foi minimizado tanto por Jardim quanto pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ao UOL, Fávaro atribuiu à semana de São João e à agenda esvaziada no Legislativo.
Não tem Congresso, tem a semana do são João e o lançamento da frente parlamentar do agronegócio da Argentina. É natural [não ter a presença de parlamentares no lançamento do Plano Safra]. Acompanhe nossa parceira com a FPA nos votos juntos com o governo.
Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD)
MST é tema de CPI de oposição
A Câmara dos Deputados atualmente conduz uma CPI que visa apurar ações do MST.
Capitaneada pela oposição, que acusa o movimento de entrar em terras produtivas e prejudicar produtores rurais, a CPI acumula polêmicas como o corte do microfone de deputadas federais e batalha de narrativas nas redes sociais.
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