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Por que TSE tornou Bolsonaro inelegível

Jair Bolsonaro está inelegível - 25.jun.2023 - Marlene Bergamo/Folhapress
Jair Bolsonaro está inelegível Imagem: 25.jun.2023 - Marlene Bergamo/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

30/06/2023 13h06

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formou maioria hoje para tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível. O placar está em 5 a 2 contra o ex-presidente.

Por que ele se tornou inelegível?

Bolsonaro é investigado pela reunião com embaixadores. A acusação do PDT é de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação.

O ex-presidente falou especialmente sobre um inquérito aberto pela PF, em 2018, que apurou uma invasão cibernética aos sistemas do TSE. Desde que o presidente vazou esse documento em suas redes sociais, no ano passado, o tribunal sustentou que o ataque hacker não levou risco à integridade das eleições naquele ano.

Bolsonaro fez insinuações de que nenhum dos ministros seria imparcial o suficiente para conduzir o processo eleitoral. "O que nós queremos? Paz e tranquilidade. Agora: por que um grupo de apenas três pessoas apenas [Fachin, Barroso e Moraes], três pessoas, quer trazer estabilidade para o nosso país?".

O que ele disse de cada um?

Barroso: o ex-presidente disse que o ministro teria "ganhado a confiança do PT" por ter advogado para o italiano Cesare Battisti, que era alvo de um pedido de extradição para à Itália à época do governo Lula.

Fachin: Bolsonaro relembrou que foi uma decisão do ministro, em 2020, que tornou novamente elegível o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Moraes: Bolsonaro afirmou ver parcialidade do ministro nos inquéritos que ele conduz, no Supremo, contra o presidente e seus.

Uso da TV Brasil

O encontro foi transmitido pela estatal TV Brasil, em julho de 2022, a menos de 80 dias das eleições.

Parlamentares de oposição reclamaram do fato. A alegação é que ele estaria usando uma estrutura pública em benefício próprio, e próximo do início do período eleitoral.

O que diz a defesa?

A defesa de Bolsonaro diz que a reunião com os embaixadores foi um ato de governo, não de campanha.