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PGR pede relatórios da Abin para reavaliar gestão de Bolsonaro na pandemia

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu à Abin (Agência Brasileira de Inteligência) o acesso aos relatórios que foram produzidos durante a pandemia e enviados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O que aconteceu

Os pedidos foram feitos por Augusto Aras, atual procurador-geral da República, que busca ser reconduzido ao cargo. Para isso ocorrer, ele precisa ser indicado pelo presidente Lula (PT).

Esse pedido foi feito para avaliar se há "eventual fato novo" na forma como Bolsonaro conduziu o país durante a pandemia da covid-19, apurou o UOL. Uma vez recebidos, todos esses documentos serão reavaliados pela PGR.

Mais de mil relatórios com projeções de casos e mortes foram colocados sob sigilo pelo Planalto. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, esses dados são da Abin e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e evidenciam que Bolsonaro ignorou informações levantadas por agentes de inteligência do governo.

Documentos citavam a necessidade de distanciamento social e a vacinação para o combate à covid-19. Entre os pontos abordados também estavam a ineficácia de medicamentos como a cloroquina, e ainda alertas sobre o risco de colapso do sistema de saúde e de serviços funerários.

Mandato de Aras na PGR se encerra em setembro

Com a aproximação do fim do mandato de Aras, Lula começou a estudar qual será o perfil de sua indicação para a PGR. Indicado por Bolsonaro em 2019, o atual PGR é acusado pelo PT de "conivência" com o ex-presidente durante a pandemia.

Escolha do ex-presidente ainda está em aberto. O próprio Lula já afirmou que não vai, necessariamente, seguir a lista tríplice.

O candidato mais cotado para a vaga é o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco. Ele ganhou os holofotes depois que defendeu a condenação de Bolsonaro em junho no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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