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CPI do 8/1: Eliziane aponta fake de Magno Malta sobre 'infiltrados' do MST

Do UOL, em São Paulo

01/08/2023 17h01Atualizada em 01/08/2023 17h39

A relatora da CPI do 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA) discutiu na sessão de hoje com o vice-presidente da comissão, Magno Malta (PL-ES), por uma fala do senador sobre supostos 'infiltrados' nos atos golpistas.

O que aconteceu:

Malta afirmou que o homem acusado de destruir um relógio histórico que pertenceu a dom João 6º era um infiltrado nos atos golpistas, o que já foi desmentido pelo UOL. "O cara que derrubou o relógio lá, vestido com uma camisa de Bolsonaro, que está preso, pertence ao MST", disse o senador.

Eliziane começa a falar fora do microfone, e Malta interrompe. Ele pergunta se ela deseja se manifestar e, pouco depois, a relatora mostra ao senador um conteúdo em um celular, entregue a ela por uma assessora. O senador diz que a relatora "não é Ave Maria, não, mas está cheia graça".

"Vossa excelência coloca uma informação fake. Vossa excelência me deu a palavra. Vossa excelência desinforma nesta comissão", responde Eliziane. Malta, então, manda que ela fique "calada" e diz que está com a palavra.

O presidente da comissão, Arthur Maia (União Brasil-BA), intervém e pede para que a senadora permita que Magno Malta conclua sua fala. O senador prossegue sem mencionar novamente o suposto "infiltrado"

É meio cômico quando eles falam, porque tudo é bolsonarista. Isso aqui não é cômico, é engraçado. Com uma camisa de Bolsonaro derruba lá um relógio, está preso, é do MST. Ele é de onde? Porque comigo ele nunca andou, nunca vi na minha vida.
Magno Malta, senador do PL-ES

Relógio destruído

O relógio antes e depois dos atos de vandalismo Imagem: Reprodução

A peça histórica Balthazar Martinot Boulle, do século 17, foi destruída nos atos golpistas de 8 de janeiro e será restaurada na Suíça a partir deste mês, segundo apurou o UOL. O processo de restauro deve durar aproximadamente um ano.

A Suíça ofereceu o serviço de restauração do relógio, que foi derrubado por Antônio Cláudio Alves Ferreira durante a invasão ao Palácio do Planalto. Ele foi preso pela Polícia Federal ainda em janeiro e se tornou réu no STF em junho.

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