CPI do 8/1 aprova quebra de sigilos de Mauro Cid e Anderson Torres
Do UOL, em São Paulo
03/08/2023 15h42
A CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro aprovou quebras de sigilo do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
O que aconteceu
No caso de Cid, as quebras foram de sigilo bancário, fiscal e telefônico. Mensagens encontradas pela PF no celular do militar mostraram que ele teve conversas com o coronel Jean Lawand Júnior sobre um golpe de Estado e que houve a elaboração de um roteiro para a ação. Essa revelação foi feita pela revista Veja.
Torres, por sua vez, teve um requerimento aprovado apenas para a quebra de sigilo telefônico. O depoimento dele à comissão também foi marcado para a próxima terça-feira (8). Na ocasião dos ataques golpistas que destruíram a Praça dos Três Poderes, ele era secretário de Segurança Pública do DF e estava nos Estados Unidos de férias com a família.
Os requerimentos aprovados que miravam Cid e Torres eram de autoria da senadora Eliziane Gama (PSD-AM), relatora da CPI.
Hacker da Vaza Jato foi convocado a depor
A CPI de deputados e senadores que investiga os ataques golpistas do 8 de janeiro também convocou hoje (3) a convocação do hacker Walter Delgatti Neto.
A votação do requerimento apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) foi acertada em reunião.
O encontro realizado na liderança do PDT durou mais de duas horas e foi marcado por discussões acaloradas entre os parlamentares do governo e oposição.
A base governista definiu como "prioridade" a convocação do hacker. Ele será interrogado sobre a possibilidade de invasão do sistema das urnas eletrônicas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Parlamentares da oposição concordaram em pautar a convocação, mas votaram contra.
Operação da PF contra hacker e Carla Zambelli
Delgatti Neto ficou conhecido por invadir celulares dos procuradores da Lava Jato. Ele é alvo de uma investigação da PF (Polícia Federal) por tentar invadir os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserir documentos e alvarás de soltura falsos no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão) contra o ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.